O trato urinário de cães normalmente é considerado um ambiente estéril, com exceção da uretra distal, que é composta por microrganismos residentes, provenientes da vagina ou prepúcio. Aproximadamente 14% dos cães podem desenvolver infecção do trato urinário (ITU) durante a vida, sendo mais comuns em fêmeas e idosos. O uso indiscriminado de antimicrobianos no tratamento e prevenção de doenças do trato urinário pode contribuir para o desenvolvimento de resistência bacteriana. O objetivo deste estudo foi identificar a microbiota envolvida em transtornos do trato urinário de cães do município de Formiga, Minas Gerais e estabelecer o perfil de susceptibilidade desses agentes frente a antimicrobianos comumente utilizados na rotina clínica veterinária. As amostras utilizadas foram concedidas por um laboratório de análises clínicas veterinárias do município de Formiga, Minas Gerais, sendo disponibilizadas 13 amostras biológicas que foram submetidas à cultura e antibiograma. Em oito (61,5%), das 13 amostras, foi possível perceber a presença de Staphylococcus spp., seguido por E. coli (15,4%), Enterococcus sp. (7,7%), Streptococcus sp. (7,7%) e Proteus sp. (7,7%). Em relação ao perfil de susceptibilidade a antimicrobianos, foi possível concluir que para a base amoxicilina + ácido clavulânico, em aproximadamente 61,5% das amostras, foi o antimicrobiano com melhor eficiência.