RESUMO
ARQGA/1254 INTRODUÇÃOA dispepsia divide-se em dois grandes grupos: um secundário, a doença orgânica, e outro denominado dispepsia funcional (DF). A dispepsia orgânica (DO) pode ser defi nida como a secundária a lesões específi cas, como úlcera péptica, esofagite, câncer gástrico e colelitíase. Assim, é um agrupamento de sintomas resultantes de distintas doenças, sendo estudada a partir das mesmas (21) .No que se refere ao diagnóstico da DF, a falta de uniformidade em relação à defi nição motivou a realização de reuniões de especialistas de diferentes países, sendo mais conhecidas as de Chicago, nos EUA, e de Cortina e Roma, na Itália. As conclusões do Consenso de Roma II foram publicadas em livro em 2000 (7) e representam o esforço da comunidade científi ca para, a partir das investigações realizadas nos últimos anos, sistematizar o conhecimento a respeito dos transtornos gastrointestinais funcionais.O Consenso de Roma II (32) recomenda que a DF seja diagnosticada quando, em pelo menos 12 semanas consecutivas ou não, nos últimos 12 meses, o paciente apresentar: 1. dor ou desconforto no abdome superior, de caráter persistente ou recurrente, com peso epigástrico pós-prandial e/ou saciedade precoce e/ou náuseas e/ou vômitos e/ou distensão abdominal; 2. ausência de doença orgânica que possa explicar os sintomas; 3. ausência de evidências de que a dispepsia é aliviada pela evacuação ou associada à alteração na freqüência ou na forma das fezes.Essa defi nição (31) pretende abranger não só os pacientes que apresentam sintomas sem explicação identifi cável pelos exames, mas também aqueles que apresentam alterações fi siopatológicas ou microbiológicas de relevância clínica incerta para explicar os sintomas como: gastrite por