Neste artigo discutiremos duas perguntas: (i) O que caracteriza a disputa entre internismo e externismo na epistemologia contemporânea?; (ii) O externismo é compatível com a defesa de uma cláusula antiderrota? Ambas são matéria de controvérsia. Arguiremos que há uma resposta preferível para a primeira pergunta: a disputa entre internismo e externismo é fundamentalmente uma disputa sobre qual é o papel de relações mente-mundo na aquisição de justificação epistêmica. Dada essa resposta, sustentaremos que também há uma resposta preferível para a segunda pergunta: sim, um externista pode defender uma cláusula antiderrota. Mostraremos, com base nisso, que algumas alegações encontradas na literatura recente são incorretas.