A coletânea de textos "Cuidar de mulheres e crianças no SUS: diálogos sobre a gestão do trabalho e educação e as práticas do cuidado" tem por objetivo registrar e compartilhar experiências de caráter interdisciplinar, transversal às grandes áreas de conhecimentos da saúde, ciências humanas e sociais, em particular o campo da saúde coletiva.Em relação ao presente livro, os capítulos apresentam múltiplos campos de problematização os quais interagem através do desafio de desenvolver um diálogo entre o campo científico com o âmbito de práticas, entre a gestão do trabalho e da educação e o cuidado de mulheres e crianças, analisando e repensando a realização das ações em diferentes instituições ou órgãos.O livro traz a discussão das práticas de cuidado, que colocam a integralidade da mulher no foco, apresentando experiências que envolvem discussões sobre racismo, território, mulheres migrantes, violência, acolhimento, construção de vínculo e protagonismo, desenvolvimento infantil, pandemia, modelos de cuidado e educação. Além disso, as produções trazem inovações para o sistema de saúde, ao desenvolverem ferramentas para o cuidado e para a disseminação de práticas em saúde.Destacamos que num momento que o País estava imerso numa onda de negacionismo da ciência e desmonte das políticas sociais, a SES PE por meio de parceria com a OPAS e a Rede Unida desenvolve esse projeto para evidenciar o trabalho real e pautado na realidade dos territórios de saúde, e com isso, reafirmar o compromisso com o SUS e com a ciência.Por isso, essa obra mostrará experiências e modos de olhar sobre "o cuidado de mulheres e crianças: produções éticas e estéticas na atenção e na pesquisa", desenvolvidos nos serviços de saúde de Pernambuco e de outras instituições, e que se espera que esse compartilhamento possa apoiar e incluir o desenvolvimento de práticas com responsabilidade ética, política e técnica.Espera-se que, a partir das fragilidades identificadas, seja possível a profissionais reorientar as práticas de cuidado à mulher na atenção básica no sentido de qualificar, as ações e tornar a práxis profissional na ESF mais horizontal, ética, humanizada e resolutiva. E, que isso resulte na valorização das especificidades das mulheres, na ampliação da escuta e bem como na valorização do acolhimento como uma estratégia capaz de promover a aproximação a fim de produzir respostas mais efetivas às necessidades de saúde.
Referências