The aim of this work was a correlation study and histopathological description of alterations associated with the presence of Leishmania infantum amastigote in the intestinal wall of dogs infected with canine visceral leishmaniasis (CVL). Three groups were used: G1 (n = 8), comprising naturally infected dogs with CVL with amastigotes of L. infantum in the small and large intestines; G2 (n = 9), infected dogs with CVL, without intestinal amastigotes; and G3 (n = 3), uninfected dogs. Histochemistry and immunohistochemistry methods were used for histopathology and amastigotes identification. 47.1% (8/17) of dogs from G1 group had amastigotes in the mucosa, submucosa and muscle layers of the small and large intestines and it was observed a prominent inflammatory reaction characterized by chronic infiltration of mononuclear cells: macrophages, lymphocytes and plasma cells. Comparison between the groups showed only a significant difference in relation to mucosal microscopic structural alterations in dogs from G1 in relation to G2 and G3. Parasite burden showed significant correlations with the microscopic alterations and clinical status of dogs in G1. By the conclusion, the inflammatory reactions caused by the parasites in the intestines might have contributed towards alterations in digestive processes, worsening the dogs' clinical status of CVL.Keywords: Dog, histology, immunohistochemistry, intestine, leishmaniasis, amastigotes.
ResumoO objetivo foi realizar um estudo de correlação e descrição histopatológica das lesões associadas à presença de amastigotas de Leishmania infantum na parede intestinal de cães infectados com leishmaniose visceral canina (LVC). Os cães foram subdivididos em três grupos: G1 (n = 8) cães naturalmente infectados com LVC e com amastigotas de L. infantum no intestino; G2 (n = 9) com LVC, mas sem o parasitismo intestinal; e G3 (n = 3) cães não infectados. Métodos histoquímicos e imunoistoquímicos foram utilizados para a histopatologia e a identificação das amastigotas, respectivamente. 47,1% (8/17) dos cães infectados (grupo G1) apresentavam formas amastigotas na mucosa, submucosa e camada muscular do intestino delgado e grosso, destacando-se uma reação inflamatória caracterizada por infiltrado crônico de células mononucleares; macrófagos, linfócitos e plasmócitos. Observou-se uma diferença significativa somente com relação às alterações estruturais microscópicas intestinais nos cães do G1 quando comparadas com G2 e G3. A intensidade parasitária intestinal teve correlação significativa com as alterações microscópicas e os sinais clínicos dos cães do G1. Concluiu-se que as amastigotas de L. infantum por causarem reações inflamatórias na parede intestinal dos cães podem ter contribuído para as alterações dos processos digestórios, agravando ainda mais o quadro clínico dos animais.Palavras-chave: Cão, histologia, imunoistoquímica, intestino, leishmaniose, amastigotas.