A resistência antimicrobiana é um fator importante para a abordagem da Pneumonia Adquirida na Comunidade, uma das principais causas de morte por doenças infecciosas no mundo. A presente revisão de literatura objetiva analisar a resistência bacteriana relacionada aos principais antimicrobianos usados para o tratamento da Pneumonia Adquirida na Comunidade, na Atenção Primária à Saúde, no mundo e no Brasil. Foram realizadas pesquisas com oito associações composta por quatro dos seguintes descritores: “Pneumonia”, “Brazil”, “Family Health Strategy”, “Primary Health Care”, “Anti-Bacterial Agents”, “Drug Resistance, Bacterial”, “Drug Resistance, Microbial” e “Antimicrobial Stewardship”. As bases de dados utilizadas foram: Pubmed/Medline, Google Scholar, Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs), Portal de Periódicos Capes/MEC e Research Gate, considerando o período de maio a junho de 2020. Após a análise, dez estudos foram incluídos, com ausência de resultados concernentes ao Brasil. Os trabalhos obtidos referiram-se à resistência nos países europeus (sete), nos Estados Unidos (dois) e no Malawi (um). O Streptococcus pneumoniae apresentou-se como o patógeno bacteriano de maior prevalência nessa infecção. Os resultados sugerem a importância de se estabelecer diretrizes para o tratamento da Pneumonia Adquirida na Comunidade de acordo com o perfil epidemiológico de cada região. No Brasil, especificamente, as dificuldades no manejo dessa condição, realizado regularmente de forma empírica, podem ser explicadas pela ausência de estudos dirigidos a essa temática, tornando-se fundamental a realização de investigações da realidade brasileira.