A presente dissertação teve como objetivo investigar as motivações envolvidas no processo de escolha amorosa na conjugalidade contemporânea. Está sendo apresentada em formato de dois artigos. No primeiro, analisou-se como as dimensões da individualidade e da conjugalidade repercutem na satisfação conjugal; no segundo, foram discutidos os resultados referentes às repercussões da família de origem na escolha do cônjuge. Participaram deste estudo oito sujeitos (quatro homens e quatro mulheres), com idades entre 22 e 49 anos, casados ou em união estável, coabitantes, há pelo menos dois anos, sem filhos, pertencentes às camadas médias da população carioca. Os sujeitos foram escolhidos de forma independente e são de primeiro casamento. Para a avaliação das entrevistas, foi utilizado o método de análise de conteúdo, em sua vertente categorial, tal como proposto por Bardin (2011). Da avaliação do material emergiram duas categorias de análise: escolha amorosa e satisfação conjugal. Constatou-se que a conjugalidade dos pais serve de modelo para o casamento dos filhos. Observou-se, também, que a valorização da liberdade individual, a vivência da intimidade conjugal, abarcando aspectos relativos à amizade e ao afeto, e a flexibilidade em lidar com as dimensões individuais e conjugais são promotoras de satisfação conjugal.