2018
DOI: 10.17851/2317-2096.28.2.35-50
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Escritas migrantes: deslocamento e identidade na narrativa brasileira contemporânea

Abstract: Resumo: Este texto analisa os romances A imensidão íntima dos carneiros, de Marcelo Maluf, e O filho da mãe, de Bernardo Carvalho, e demonstra como eles abordam a questão do deslocamento e seu impacto nas construções identitárias, perpassando as relações do sujeito com a tradição e os efeitos traumáticos da guerra. As obras tratam da experiência da migração por uma modalidade da ficção contemporânea configurada em uma poética da alteridade que ultrapassa as fronteiras do imaginário nacional e explora a geograf… Show more

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“…Em suas obras, os escritores migrantes põem em cena a própria experiência e, em um jogo com o imaginário, traduzem as aporias identitárias dos indivíduos que transitam entre diferentes culturas, explorando o entrelugar da tradução e da negociação (BHABHA, 1998, p. 68). Entretanto, segundo Simon Harel (1992), embora muitas dessas obras tenham um traço biográfico, que, segundo o teórico, lhes confere o estatuto de "textos-divã" 3 , contemporaneamente o termo "escritor migrante", amplamente utilizado, inclusive pelos próprios autores -como, por exemplo, Salman Rushdie -cede lugar à ideia de "escrita migrante"; escrita essa que, "além de abordar os desdobramentos do trânsito espacial e cultural e a representação do sujeito fora do lugar", impõe-se "como fonte de reflexão sobre os fenômenos culturais e políticos da contemporaneidade" (CARREIRA;OLIVEIRA, 2018, p.38). Assim, a escrita migrante distancia-se da biografia do autor e aproxima-se da experiência, que não necessariamente precisa ser do escritor.…”
Section: Sinalizaunclassified
“…Em suas obras, os escritores migrantes põem em cena a própria experiência e, em um jogo com o imaginário, traduzem as aporias identitárias dos indivíduos que transitam entre diferentes culturas, explorando o entrelugar da tradução e da negociação (BHABHA, 1998, p. 68). Entretanto, segundo Simon Harel (1992), embora muitas dessas obras tenham um traço biográfico, que, segundo o teórico, lhes confere o estatuto de "textos-divã" 3 , contemporaneamente o termo "escritor migrante", amplamente utilizado, inclusive pelos próprios autores -como, por exemplo, Salman Rushdie -cede lugar à ideia de "escrita migrante"; escrita essa que, "além de abordar os desdobramentos do trânsito espacial e cultural e a representação do sujeito fora do lugar", impõe-se "como fonte de reflexão sobre os fenômenos culturais e políticos da contemporaneidade" (CARREIRA;OLIVEIRA, 2018, p.38). Assim, a escrita migrante distancia-se da biografia do autor e aproxima-se da experiência, que não necessariamente precisa ser do escritor.…”
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