Espiritualidade em cuidados paliativos no Brasil: revisão integrativa de literatura

Esperandio, Mary Rute Gomes; Leget, Carlo

doi:10.23925/1677-1222.2020vol20i2a2

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“…A primeira dimensão refere-se à noção de espiritualidade, ao relacionamento seguro com Deus, a fé de que a vida possui sentido, sendo comum os pacientes afirmarem que tentam ver como Deus pode lhes dar força, além de pedirem perdão pelos erros. A segunda dimensão refere-se a um relacionamento inseguro com Deus, a noção de um mundo vulnerável e ameaçador, como também a existência de conflitos espirituais e, nesse contexto, os pacientes tendem a imaginar o que fizeram para terem sido castigados por Deus, ou questionam se são ou não amados por Ele, por estarem vivenciando uma situação dolorosa (Esperandio & Leget, 2020).…”

Section: Discussionunclassified

O papel da espiritualidade no contexto dos cuidados

Jesus

Freitas

Bispo

et al. 2023

RSD

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A espiritualidade é parte constitutiva do cuidado paliativo de pacientes em estado debilitado de saúde. O objetivo neste trabalho foi analisar, por meio de uma revisão narrativa da literatura, as definições e a importância da espiritualidade na perspectiva do paciente, da família e dos profissionais da equipe multidisciplinar envolvida, além de identificar técnicas e abordagens para trabalhá-la. Foi feita a busca nas bases de dados: Biblioteca Virtual de Saúde, National Library of Medicine, Scientific Eletronic Library Online e EbscoHost, nos idiomas Inglês e Português, no período de maio a junho de 2022, sendo que de 48 estudos encontrados, 20 enquadraram-se nos critérios de inclusão. Após a leitura dos textos pôde-se associar crenças e práticas espirituais ao alívio da angústia, melhora das condições fisiológicas e psicológicas, adesão ao tratamento, aceitação, suporte social, motivação, além de significado da vida e da morte. Entretanto, apesar dos benefícios desta forma de cuidado, os estudos no contexto hospitalar ainda são recentes e pontuais. Enquanto a maioria dos pacientes e cuidadores atribuem muito valor à espiritualidade, os profissionais da saúde ainda apresentam pouca capacitação e disposição em prestar esta assistência. Logo, para um tratamento paliativo mais humanizado e efetivo, é importante que haja uma maior sondagem, comunicação e preparo dos profissionais para trabalhar a espiritualidade, promovendo a redução do sofrimento e ampliando a qualidade de vida do paciente e de seus familiares.

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Section: Discussionunclassified

O papel da espiritualidade no contexto dos cuidados

Jesus

Freitas

Bispo

et al. 2023

RSD

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“…A abordagem deve incluir três níveis de intervenção: físico, tratando sintomas como dor e náusea; psicossocial, abordando medos e preocupações; e espiritual. (Palmeira;Scorsolini-Comin;Peres, 2020).…”

Section: Contextualizando Sobre Cuidados Paliativosunclassified

Cuidados paliativos: o médico como agente de conforto e qualidade de vida

Anziliero,

Pinculini,

Tavares Júnior

et al. 2024

OLEL

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Os Cuidados Paliativos destacam-se como uma abordagem essencial na prestação de serviços de saúde, focando na provisão holística de cuidados para gerenciar sintomas em pacientes com doenças graves. Diferente da medicina curativa, essa abordagem envolve pacientes, seus familiares e o corpo médico, todos enfrentando dilemas emocionais. Este artigo revisa o papel do médico na gestão da dor em pacientes sob cuidados paliativos, enfatizando a comunicação adequada entre médico, paciente e família. A metodologia inclui uma análise das práticas médicas e das interações dos cuidados paliativos, utilizando bases de dados como PubMed, Google Acadêmico e Scielo para identificar estudos relevantes, considerando artigos em inglês, espanhol e português publicados de 2009 a 2023. Conclui-se que os cuidados paliativos são fundamentais na prática médica contemporânea, oferecendo uma abordagem integral que vai além do tratamento físico para atender às necessidades emocionais, sociais e espirituais dos pacientes e suas famílias. Essa abordagem promove qualidade de vida e confiança entre médicos e pacientes. A comunicação e o suporte emocional e espiritual são essenciais, assim como o respeito à autonomia do paciente e a consideração de valores éticos nas decisões médicas. A gestão da dor, utilizando terapias farmacológicas e não farmacológicas, reafirma o compromisso dos médicos com a dignidade e o bem-estar dos pacientes. A pesquisa é justificada pela necessidade de melhorar os cuidados paliativos, abordando o papel do médico como promotor de qualidade de vida, integrando terapias, comunicação e personalização do tratamento para aprimorar o cuidado e proporcionar assistência holística na fase crítica da doença.

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“…A mudança de percurso é vislumbrada também em função do crescimento dos Cuidados Paliativos (CPs), haja vista que a provisão de cuidado espiritual é considerada pela Organização Mundial da Saúde como parte intrínseca às boas práticas em CPs, mas ainda é um obstáculo a ser transposto (5) .…”

unclassified

“O elefante na sala”: a dimensão espiritual nas práticas de cuidado em Saúde

Esperandio

2023

SMAD, Rev Eletrônica Saúde Mental Álcool Drog

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A expressão "o elefante na sala", marcando a reflexão sobre a relação entre espiritualidade e saúde (E & S), já foi utilizada por duas grandes referências no campo: o psicólogo da religião, Kenneth Pargament, criador do constructo "coping espiritual-religioso", e por Doug Oman, referência no campo da Saúde Pública. Pargament a utilizou como forma de caracterizar o que acontece no campo da Psicologia Clínica (1) . Ele observa que muitos psicoterapeutas, por se sentirem desconfortáveis com a temática e inseguros sobre como lidar com questões espirituais, fazem um grande esforço para evitar que o domínio espiritual se apresente no setting terapêutico.Um esforço inútil! Ainda que o tema não seja mencionado, o "elefante" encontra uma maneira de tornar sua presença conhecida. A espiritualidade é tanto um recurso relevante quanto uma fonte de problemas para as pessoas, mesmo quando não abordada na psicoterapia. Vale trazer o estudo de Propst, et al. (2) que buscaram avaliar (pelo período de 3 meses, e em um follow-up de dois anos) a eficácia de tratamentos separando os participantes em alguns grupos: Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) religiosa e não religiosa; Aconselhamento Pastoral; e Pessoas em listas de espera. O achado mais surpreendente foi sobre a interação entre paciente-terapeuta, demonstrando diferença de performance entre tratamentos cognitivos realizados por terapeutas religiosos e não religiosos. Os últimos demonstraram melhor performance nos tratamentos a pacientes religiosos do que os terapeutas religiosos. O grupo que demostrou melhores resultados foi o de pacientes religiosos que receberam tratamento cognitivo comportamental por terapeutas não religiosos. Os autores encontraram que tanto a TCC quanto oAconselhamento Pastoral "demonstraram efeitos profiláticos de longo prazo" para a população pesquisada e que "os ganhos de tratamento medidos no pós-tratamento foram geralmente mantidos tanto nos 3 meses quanto nos 2 anos de seguimento [do estudo]" (2) .No campo da Saúde Pública, em recente publicação da Springer, editada por Doug Oman, sob o título: "Por que Religião e Espiritualidade importam para a Saúde Pública: Evidências, Implicações e Recursos" (tradução livre), o autor faz a crítica ao campo, alertando que embora se trate de uma "cegueira intelectual involuntária" já é tempo de reconhecer o elefante na sala e aproveitar seu poder para o bem (3) . A presença do elefante na sala é notada por www.revistas.usp.br/smad 5 Esperandio MRG.

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Espiritualidade em cuidados paliativos no Brasil: revisão integrativa de literatura

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O papel da espiritualidade no contexto dos cuidados

O papel da espiritualidade no contexto dos cuidados

Cuidados paliativos: o médico como agente de conforto e qualidade de vida

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