Espiritualidade, religiosidade e malformação congênita: uma revisão integrativa de literatura

Abstract

Objetivo: investigar a produção científica sobre a espiritualidade e religiosidade no contexto da malformação congênita. Método: revisão integrativa da literatura, realizada na base de dados Pubmed, Lilacs e Scielo, a qual incluiu artigos de 2007 a 2017. Resultados: foram incluídas 28 publicações, cujas análises textuais permitiram a construção de duas categorias: práticas espirituais e religiosas e o enfrentamento do diagnóstico e nascimento pelos familiares; espiritualidade, religiosidade e cuidado com a criança malformada. Conclusão: mesmo possuindo significados diferentes, os estudos revelaram que a espiritualidade em saúde é, com frequência, associada à religiosidade. Essa dimensão humana mostrou-se relevante diante do enfrentamento do diagnóstico de malformação congênita e serviu como fonte de sustento para o enfrentamento do cuidado com seus portadores.

Feelings about birth by a group of high-risk pregnant women

“…One way of facing life’s difficulties is the exercise of spirituality, which in this study was used as a strategy to overcome the fear of birth. It is common to observe this behavior when coping with diseases, and spiritual care must be offered by professionals impartially to religion ( 27 - 28 ) .…”

Sentimentos a respeito do nascimento por um grupo de gestantes de alto risco

“…Uma forma de enfrentar as dificuldades da vida é o exercício da espiritualidade que, neste estudo, foi utilizado como estratégia de superação do medo do nascimento. É comum observar esse comportamento no enfrentamento das doenças, e o cuidado espiritual deve ser ofertado pelos profissionais de forma imparcial à religião (27)(28) .…”

Espiritualidade e religiosidade no tratamento de pacientes com infarto agudo do miocárdio: revisão integrativa

“…No processo de saúde-doença, a recuperação dos pacientes ganha um aliado importante com o uso da espiritualidade e religiosidade no campo da saúde, uma vez que elas ressignificam, para muitos, sentimentos de força e de conforto para o enfrentamento de doenças. Assim, o cuidado espiritual e religioso não deve ser negligenciado pelos profissionais da área da saúde, devendo ser ofertado sem haver emissão de julgamento nem imposição de religião (Viana et al, 2019). Com a proposta de substituição do modelo biomédico na saúde para o modelo de cuidado centrado no paciente, os pesquisadores, profissionais e demais envolvidos no processo de saúde-doença têm enfatizado a necessidade de o olhar holístico ser implementado na atuação interprofissional para a humanização da assistência em saúde (Góes & Crossetti, 2020).…”