C respectively of Piper piscatorum, employing the technique of hydrodistillation. The volatile were chemically characterized by GC-MS and GC-FID. The main volatile compounds were selin-11-en-4-a-ol (57,63 ± 3,07%; 53,95 ± 1,56% and 56,20 ± 0,43%) and benzyl benzoate (15,40 ± 0,36%; 16,32 ± 0,85% and 15,04 ± 0,24%).The drying of the raw material reduced yield of volatile compounds, changing their chemical compositions.Keywords: Piperaceae; volatile compounds; Piper piscatorum.
INTRODUÇÃONo Brasil, plantas têm sido consumidas na sua maioria sem nenhum conhecimento fitoquímico e com pouca ou nenhuma comprovação de suas propriedades farmacológicas.1 Na Amazônia, onde se encontra a grande biodiversidade do planeta, a falta dessas informações também tem dificultado as pesquisas fitogenéticas e fitotécnicas, além de não proporcionar retorno econômico para a população local.
2Alguns pesquisadores têm-se preocupado com a qualidade da matéria-prima na área de plantas aromáticas e medicinais, pois os parâmetros essenciais para a qualidade da matéria-prima podem variar dependendo da procedência do material. Sendo assim, a origem geográfica, as condições de cultivo, o estágio de desenvolvimento, a colheita, secagem e o armazenamento devem ser conhecidos.
3A necessidade de redução imediata do teor de água logo após a colheita torna o processo de secagem uma etapa indispensável, pois permite a inibição da atividade enzimática e o desenvolvimento de micro-organismos, facilitando no armazenamento e transporte. 4,5 Estudos etnobotânicos que abordem plantas medicinais presentes na Amazônia, e mais especificamente no Estado do Acre, permitiram levantar centenas de espécies utilizadas pelas comunidades de colonos, seringueiros e indígenas sem nenhum conhecimento das suas composições químicas ou da manipulação adequada da matéria-prima. Entre as plantas utilizadas por estas populações, destaca-se o joão-brandim (Piper piscatorum Trel. & Yunck.) pertencente à família Piperaceae, predominante na região. As raízes dessa espécie vêm sendo utilizadas principalmente como um veneno usado na pesca, como anestésico nas formas de emplastro, infusão ou pelo uso direto, no combate a dores em geral, com destaque para os problemas odontológicos, em substituição ao tabaco de mascar, muito empregado por vários grupos étnicos na Venezuela e no Brasil. 6 Apesar dessa propriedade medicinal ser popularmente conhecida na região, e trabalhos publicados sobre P. piscatorum nativo da Amazônia Venezuelana 5 e de outras espécies da família Piperaceae (P. darienesis, Ottonia corcovadensis, Ottonia martiana, Ottonia frutescens, e P. auritum) associarem o efeito anestésico com a presença das amidas (pipercallosina, piperovatina, pipercallosidina e cefaradiona), 7,8 são imprescindíveis estudos fitoquímicos, que envolvam a caracterização química de compostos voláteis e tratamentos da matéria-prima com a espécie P. piscatorum nativa do Estado do Acre, para as futuras pesquisas farmacológicas e genéticas.Tendo em vista a importância dos compostos voláteis de espécie...