Estado nutricional e clínico de pacientes submetidos à cirurgia bariátrica

Abstract

Objetivo: analisar o estado clínico e nutricional de pacientes submetidos à cirurgia bariátrica. Métodos: trata-se de um estudo epidemiológico observacional, com delineamento transversal, norteado pela ferramenta STROBE. Foi realizado entre 2015 e 2016, com dados de pacientes submetidos à cirurgia bariátrica em Y de Roux nos anos de 2012 a 2014, em um hospital privado de Minas Gerais. A coleta de dados ocorreu por meio de questionário semi-estruturado, elaborado pelos pesquisadores. Para verificar a existência da associação entre as variáveis do estado nutricional e clínico com o tempo pós-cirúrgico, utilizou-se o teste Qui-quadrado de Pearson ou Exato de Fisher para as variáveis categóricas e, para as contínuas, os testes Kruskal-Wallis ou Mann-Whitney. Resultados: verificou-se significância estatística para as variáveis: “enfraquecimento de unhas” (p=0,002), “êmese” (p=0,018), “frequência de consumo alcoólico” (p=0,018) e “número de refeições diárias” (p=0,028) no grupo feminino. Conclusão: este estudo evidenciou alterações no componente clínico e nutricional das pacientes submetidos à cirurgia bariátrica. Observou-se associações estatisticamente significativas no grupo feminino, incluindo mudanças no perfil clínico de maior episódio de êmese e maior frequência no consumo de álcool. Em relação ao perfil nutricional, pacientes do sexo feminino apresentaram maiores proporções no número de refeições e maior enfraquecimento nas unhas após o procedimento cirúrgico. Reforça-se a importância do acompanhamento e orientação nutricional e psicológica contínuas, pré e pós cirúrgicas, minimizando os impactos negativos deste resultado na saúde dos indivíduos.

Suplementação De Proteínas Em Pacientes Pós Cirurgia Bariátrica: Uma Revisão De Literatura

“…O sobrepeso constitui um dos principais desafios em termos de saúde pública global, com um aumento constante no número de pessoas obesas e com excesso de peso a cada ano. No período de 2006 a 2016, a taxa de obesidade no Brasil cresceu significativamente, passando de 11,8% para 18,9%, representando um aumento de 60% ao longo de uma década (Brandão, et al, 2022).…”