Este artigo apresenta e analisa os principais achados de estudos que versam sobre os estilos de ensino, com o intuito de discutir a relevância e as implicações desse construto para a formação docente. Para tanto, realizou-se uma pesquisa bibliográfica, em que se destacam os escritos de Dunn e Dunn (1979), Fischer e Fischer (1979), Conti (1985), Mosston e Ashworth (1990), Grasha (1994), Heimlich e Norland (2002), Geijo (2009), Banas (2013) e Portilho et al. (2017), que procuraram discutir os limites e possibilidades dos estilos de ensino, bem como seus impactos no processo ensino-aprendizagem. Apresentam-se definições, elementos e características dos estilos de ensino, bem como algumas tipologias e formas de avaliação dos estilos. Os estudos apontaram que há uma variedade de tipologias de estilos de ensino, cada uma dependendo do objetivo principal da pesquisa em questão. Há autores que defendem a ideia de alinhar os estilos de ensino dos professores com os estilos de aprendizagem dos alunos, enquanto outros apoiam a necessidade de um atrito construtivo entre estilos. Além disso, os estudos indicaram que os estilos de ensino têm efeitos sobre o rendimento, as atitudes e os comportamentos dos alunos e ajudam a compreender como as crenças e valores dos professores interferem nos seus comportamentos de ensino. Conclui-se o trabalho argumentando que os estilos de ensino podem ser ampliados ou modificados mediante um processo de reflexão colaborativa, e que o estilo de ensino pode ser visto como uma importante variável a ser considerada no processo formativo do professor.