RESUMOObjetivo: Estabelecer se há correlação entre o momento da cirurgia e a ocorrência de complicações intra e pós-operatórias no tratamento das fraturas trocanterianas do fêmur no idoso. Método: Estudo retrospectivo avaliando o histórico de 281 pacientes operados entre 2000 e 2009 no Hospital das Clinicas da FMRP-USP. As variáveis avaliadas foram: sexo, idade, data, mecanismo do trauma, momento da admissão, tipo da fratura, complicações pré e pós-operatórias, tempo entre o trauma e a cirurgia, horário e duração da cirurgia, implante utilizado, Tip Apex Distance (TAD), tempo de hospitalização, re-operações. De acordo com o horário da cirurgia os casos foram divididos em dois grupos: Horário Comercial (7:00 -17:00) x Horário Plantão (17:01 -6:59). Resultados: Houve um predomínio de cirurgias no horário comercial, na proporção aproximada de 5:1. O intervalo de tempo médio entre a data do trauma e a cirurgia foi de três dias. Não houve diferença estatística entre os grupos (hora comercial x plantão) relacionada ao TAD médio, tipo da fratura, implante, complicações sistêmicas e mortalidade em um ano. O tempo médio entre o trauma e a cirurgia foi três dias. Conclusões: Para pacientes que são admitidos ou operados com mais de 24 horas decorridas do trauma, o horário da cirurgia não se mostrou uma variável relevante, no que diz respeito à ocorrência de complicações per operatórias. Em nossa realidade, é preferível realizar a fixação destas fraturas em horário comercial, dispondo de completa infra-estrutura de recursos humanos e técnicos.