O presente trabalho apresenta novos contributos para a compreensão dos aspectos biológicos e culturais da população que ergueu e utilizou o Túmulo Megalítico de Santa Rita, localizado no município de Vila Real de Santo António, Portugal. Os ossos estudados são provenientes da câmara funerária, que foi utilizada como espaço funerário secundário e coletivo durante o Calcolítico, entre o final do IV milênio a.n.e. (antes da nossa era) e o segundo quarto do III milênio a.n.e., correspondendo ao primeiro ciclo de ocupação do monumento. Analisou-se o processo tafonômico de modificação do espólio osteológico humano, dados demográficos (sexo e idade à morte), características morfológicas e paleopatológicas da população inumada e o tratamento funerário praticado no ossuário.