Compreender o comportamento da água nas plantas e no solo é uma ferramenta importante para um manejo adequado da água na agricultura. A técnica TDR pode auxiliar no monitoramento da água por ser um método preciso e não destrutivo, e ter potencial para monitorar a solução xilemática em plantas. O objetivo desse trabalho foi avaliar sondas TDR na estimativa da solução xilemática em cana-de-açúcar, correlacionando o conteúdo da solução no interior das plantas com a solução disponível no solo. O estudo foi realizado em área de segundo corte da variedade RB928064. Utilizaram-se oito plantas, e foi inserida uma sonda TDR com três hastes de 0,0016 m de diâmetro e 0,02 m de comprimento no quarto internódio e uma sonda TDR com três hastes de 0,003 m de diâmetro e 0,2 m de comprimento verticalmente no solo junto à planta. A umidade volumétrica e a condutividade elétrica das plantas e do solo foram monitoradas durante dezessete dias não consecutivos. Os resultados demonstraram que houve relação entre umidade da planta e do solo, mas não houve para a condutividade elétrica. Entretanto, para maior acurácia da técnica em plantas observa-se a necessidade de calibração com um método padrão de estimativa de solução xilemática.Palavras-chave: umidade do solo, condutividade elétrica, manejo da água.
INTRODUÇÃOUm fator limitante na expansão das áreas agricultáveis é a escassez de água que limita a produtividade de plantas de interesse agronômico. O uso de técnicas de irrigação pode melhorar a eficiência e garantir precisão no aproveitamento da água pelas culturas (Chaves & Oliveira, 2004). A aplicação eficiente da água envolve, entre outros fatores, equipamentos modernos e um manejo adequado dos sistemas de irrigação. Significando uma aplicação precisa do volume de água com a frequência requerida pela planta. Para tanto, se faz necessário dispor de informações sobre as condições hídricas do solo e evapotranspiração da cultura (Delgado-Rojas, 2003).A quantidade de água absorvida pela planta pode ser determinada pela medição do fluxo da seiva xilemática, auxiliando no manejo quando submetidas a diferentes condições climáticas e hídricas do ambiente (Delgado-Rojas, 2006). Há vários métodos para estimar o consumo de água pelas plantas e a perda por transpiração, entre estes, o método direto denominado térmico (termopares) (Reis et al., 2009). Estes são aplicados diretamente em campo, sem alterar as condições microclimáticas e fisiológicas das plantas durante as aferições (Delgados-Rojas, 2003). Três métodos são mais usuais para estimar o fluxo de seiva: o método de dissipação de calor, o método do balanço de calor e o pulso de calor (Reis