Os elementos traços são poluentes comuns nos solos urbanos, tornando importante a avaliação dos mesmos. O objetivo principal deste estudo foi investigar a concentração de elementos traços em solos urbanos na região industrial de Curitiba, no Estado do Paraná, e analisar a aplicabilidade da modelagem geoestatística para a avaliação do impacto ambiental gerado. Para a análise dos elementos traços, foram coletadas amostras de solo até uma profundidade de 20 cm e submetidas a uma digestão ácida, de acordo com o método 3050B. A identificação dos elementos traços foi realizada através da técnica de Espectroscopia de Emissão Óptica. Foi também analisada a textura do solo e os dados foram tratados com a técnica de análise composicional. Para o mapeamento geoestatístico, foi utilizado o software R com o pacote geoR. A variabilidade espacial dos dados amostrados foi analisada previamente, calculando os indicadores estatísticos clássicos. Os resultados indicaram uma distribuição aproximadamente normal do conjunto de dados, o que é desejável. Em seguida, o estimador clássico de Matheron foi usado para calcular o semivariograma experimental para várias direções. Nenhum efeito de anisotropia foi mostrado. O semivariograma foi modelado a três modelos teóricos: esférico, exponencial e gaussiano. Os resultados da validação cruzada do modelo esférico sugeriram que ele seria o melhor modelo entre os três testados. Finalmente, as estimativas dos metais em locais desconhecidos foram obtidas por krigagem ordinária. Em relação aos valores obtidos de metais e os padrões estabelecidos por normativa específica sobre qualidade dos solos, apenas um local teve concentrações de Ni acima do permitido, estando os demais metais adequados. O mapa gerado mostrou claramente a variação espacial dos elementos traços na área estudada. Os resultados são adequados e sugerem que o uso desta metodologia fornece contribuições significativas para a gestão de áreas contaminadas por diferentes elementos traço.