“…O envelhecimento e outros determinantes associados à vida reprodutiva da mulher destacam-se como os principais fatores de risco, tais como: menarca precoce, idade de primeira gestação, ausência de gravidez, uso de anticoncepcionais, menopausa tardia e terapia de reposição hormonal (Brasil, 2011)� O recebimento de um diagnóstico de câncer de mama tende a mobilizar diversos sentimentos, em especial por colocar essas mulheres em contato com a possibilidade de sua própria finitude. Neste sentido, fatores associados ao estresse tendem a surgir desde os momentos iniciais da doença� A religião e a espiritualidade têm sido consideradas estratégias de enfrentamento, uma vez que podem proporcionar uma adequação positiva da paciente frente ao diagnóstico e a terapêutica do câncer (Silva, Barreto, Barreto de Carvalho & da Silva Carvalho, 2020)� Além do diagnóstico de câncer de mama carregar esse sentimento de uma doença ameaçadora da vida, o tratamento também é caracterizado como sendo um processo doloroso, geralmente de longo prazo e que pode acarretar perdas significativas que incluem prejuízos corporais, como a perda de partes do corpo, da força e das funções físicas; perda da autonomia e independência; além de perdas sociais e afetivas (Bianco, 2006)� Observa-se também que a falta de informação e o constrangimento de ter uma doença estigmatizada faz com que mulheres diagnosticadas com câncer de mama se afastem das pessoas de seu convívio social por medo de rejeição (Silva, Barreto, Barreto de Carvalho & da Silva Carvalho, 2020). Segundo, Machado e Oliveira (2017), as modificações corporais decorrentes dos efeitos da quimioterapia tais como, alopecia, diminuição da libido e aumento de peso interferem de forma negativa a autoimagem da mulher� Somados a isso, pesquisas indicam os impactos que as doenças oncológicas femininas provocam na vida familiar, sexual, afetiva e psicossocial da mulher, evidenciando um caráter ameaçador, estigmatizante e permeado por dificuldades (Neme & Lipp, 2010).…”