O câncer é uma das maiores causas de mortalidade no Brasil, e o câncer de colo de útero (CCU) é a terceira maior causa de morte para as mulheres. Esse tipo de câncer acomete principalmente a faixa etária de 35 a 49 anos e tem alta incidência nas regiões Norte e Nordeste do Brasil. Nesse cenário, por ser uma doença que carrega tantos estigmas e principalmente o CCU, que se refere a um órgão o qual tem relação com aspectos muito relacionados ao papel de gênero e características específicas da mulher, a equipe de saúde deve estar bem preparada teoricamente bem como em relação aos aspectos emocionais. Isto é, tanto o momento do diagnóstico quanto o início do tratamento são etapas delicadas e que podem gerar consequências se a comunicação não for feita com cuidado e empatia. Nesse sentido, o presente trabalho visa, portanto, contemplar a atuação do psicólogo hospitalar junto a pacientes com CCU e explorar os dados epidemiológicos desse quadro clínico no Maranhão. Esta pesquisa tem como foco possíveis estratégias de intervenções psicológicas que podem ser utilizadas desde o primeiro contato com a doença até o início das terapêuticas, tais como: protocolo SPIKES, comunicação cuidadosa de profissionais da saúde, psicoterapia, grupos terapêuticos e outras que serão detalhadas a seguir. O estudo ocorreu por meio de revisão de literatura e pôde constatar que estratégias como acompanhamento individual e em grupo (grupos de apoio e/ou psicoterapia em grupo) podem auxiliar na elaboração do sofrimento de mulheres acometidas com câncer de colo uterino. Contudo, ressalta-se a escassez de publicações específicas em relação a essa patologia.