Introdução: A hipertensão arterial sistêmica é uma doença crônica com alta prevalência no Brasil. Por ser uma condição frequentemente assintomática, geralmente desenvolve complicações associadas a alterações funcionais ou estruturais de órgãos-alvo e alterações metabólicas, com risco aumentado de eventos cardiovasculares. Metodologia: Estudo de prevalência em amostra probabilística de idosos com HAS cadastrados em UBS que atendem a região de Parnaíba, por meio de avaliação clínica e eletrocardiográfica. Tem como objetivo identificar especificidades da população residente no município de Parnaíba que podem influenciar no curso da HAS e na incidência de complicações. Resultados: Houve predomínio de PA não controlada entre mulheres (55,5%), faixa etária de 70 a 79 anos (52%), pardos (63%), ensino fundamental incompleto (66,6%), renda de 2 salários-mínimos (52%) e sedentarismo (81,5%). Discussão: Os resultados podem ser explicados pelos fatores socioeconômicos e socioculturais da população. Utilizando o ECG como indicador de controle, infere-se que hipertensão mal controlada, sexo masculino, faixa etária entre 70 e 79 anos, histórico de tabagismo, sedentarismo e excesso de peso estão associados a alterações no ECG, sendo alguns desses fatores modificáveis. Conclusão: Os achados sugerem forte associação entre alterações miocárdicas e descontrole da PA e entre fatores socioeconômicos e socioculturais com adesão ao tratamento e controle dos níveis pressóricos.