Estresse E Atividade Física Em Motoristas De Ônibus Urbano Em Uma Capital Do Nordeste Do Brasil

Abstract

O estresse ocupacional pode contribuir de forma negativa na saúde do trabalhador. O objetivo deste trabalho foi identificar estresse, estressores e fatores de riscos em motoristas de ônibus urbano de Aracaju, SE. Pesquisa caracterizada como descritiva transversal com delineamento correlacional, utilizando os seguintes instrumentos de coleta: Inventário de Sintomas de Estresse de Lipp (ISSL), Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ – 8.0) e levantamento sociodemográficos. A amostra foi composta por 322 motoristas selecionados de forma representativa e que voluntariamente se dispuseram a participar da pesquisa. Todos os sujeitos do estudo são do sexo masculino (média de idade de 37,16 ± 8,79 anos), 62,11% são casados, 27,02% solteiros, 5,59% divorciados, 5,28% declararam ter outro tipo de situação conjugal e 81,99% têm filhos. Entre os entrevistados, 46,89% dos sujeitos apresentavam estresse e 46,18% relatou o tipo de organização do trabalho como fator estressor. Dos que apresentaram algum grau de estresse, 3,97% encontravam-se na fase de alerta, 88,74% na fase de resistência, 1,99% na quase-exaustão e 5,29% na exaustão. Os fatores de riscos relacionados ao estresse foram: carga horária acima de 8 horas/dia; assaltos durante o trabalho; sedentarismo; IMC acima de 25 kg/m² e menos de 6 horas de sono diárias. Os resultados apontam ainda que 77,02% dos sujeitos da pesquisa apresentam baixos níveis de atividade física. Foi observada correlação negativa e significativa entre o nível de atividade física e o de estresse (r= - 0,238; p

O trânsito urbano e os fatores estressantes percebidos por motoristas de ônibus: estudo fenomenológico

“…Não bastassem todas as limitações fisicas 15 e sociais sentidas pelos motoristas de ônibus, os transtornos psicológicos ocupacionais estão presentes no cotidiano desses trabalhadores.…”

Health perception and physical activity level profile of bus drivers of urban public transportation in Chapecó-SC

“…Assim como no estudo de Tavares18 , no qual 34,3% dos 134 motoristas de Uberlândia /MG apresentaram sintomas de estresse. E dos 322 motoristas de ônibus de Aracajú/SE, 46,89% apresentaram um nível de estresse19 .Quanto ao nível de atividade física, o presente estudo identificou que 36,96% dos estudados mencionaram ser ativos fisicamente. Discrepante de nosso achado, Prado14 observou um percentual alto entre os motoristas avaliados, na faixa de níveis não recomendáveis de atividades físicas (77%).…”

“…Assim como Garbaccio13 observou que 50,6% dos 324 motoristas não realizavam nenhuma atividade física durante a semana. Isso pode ser justificado pelo fato de haver uma correlação negativa entre o nível de atividade física e o de estresse, indicando que quanto menor o nível de atividade física, maior a propensão dos motoristas de ônibus apresentarem picos de estresse19 . E os motoristas de Chapecó ao passo que apresentam um nível de atividade física ativo, também apresentam um nível regular de estresse, diferente do observado em outras regiões.…”