Resumo As características ambientais e o modo de organização do trabalho em centros especializados em saúde podem produzir situações de estresse e efeitos negativos sobre a saúde dos trabalhadores. O objetivo do estudo foi avaliar a saúde mental dos profissionais de saúde da rede especializada de Aracaju (Sergipe) e as situações de estresse ocupacional com base no modelo esforço-recompensa. Estudo transversal realizado em 2011 com 94 profissionais de saúde em atividade em dois centros de atendimento especializado. Foi utilizado questionário contendo variáveis sociodemográficas e econômicas, situação e ambiente de trabalho, avaliação de estresse ocupacional (usando o Effort-Reward Imbalance) e o Self Reporting Questionaire para mensuração dos transtornos mentais comuns. A prevalência de transtornos mentais comuns foi elevada (50,6%), sendo mais frequente em fonoaudiólogos, psicólogos, terapeutas ocupacionais e fisioterapeutas e entre aqueles que relataram estar insatisfeitos com a sua condição salarial e de trabalho. Todos os profissionais que referiram desequilíbrio entre esforços e recompensas no trabalho apresentaram transtornos mentais comuns. Em conclusão, foram identificadas características do trabalho desfavoráveis aos profissionais e ao desempenho das suas funções, além de elevadas prevalências de transtornos mentais comuns. Programas voltados à proteção, valorização e promoção à saúde dos trabalhadores devem ser implantados a fim de elevar a qualidade de vida no trabalho. Palavras-chave estresse; centro de especialidades médicas; transtornos mentais; fatores psicossociais do trabalho.
AbstractThe environmental characteristics and the way work is organized in specialized health centers can lead to stressful situations and have negative effects on the workers' health. The aim of the study was to evaluate the mental health of health professionals working at the specialized network of Aracaju, state of Sergipe, Brazil, and situations of occupational stress based on the effort-reward model. It is a cross--sectional study conducted in 2011 among 94 health professionals working at two specialized care centers. A questionnaire containing demographic and economic variables, the situation and working environment, occupational stress assessments (using Effort-Reward Imbalance) and a Self-Reporting Questionnaire were used to measure common mental disorders. There was a high prevalence of common mental disorders (50.6%), which were more frequent among speech therapists, psychologists, occupational therapists and physical therapists, and among those who reported being dissatisfied with their pay and work conditions. All professionals who mentioned imbalance between their efforts and their rewards at work presented common mental disorders. In sum, working characteristics unfavorable to the professionals and to the performance of their duties were identified, as was a high prevalence of common mental disorders. Programs aimed at the protection, enhancement and promotion of the workers' health must be implemented in orde...