Estresse ocupacional: estudo multifuncional com profissionais da saúde de um hospital de Araçatuba (SP)

Abstract

Introdução: A área da saúde e o ambiente hospitalar sofrem com a presença de fatores que marcam a realidade de qualquer outra organização, estando igualmente predispostos a ter profissionais acometidos de estresse ocupacional. A instabilidade, a insegurança no trabalho, a condições precárias de trabalho, as longas jornadas, os conflitos nas relações interpessoais com colegas, a alta demanda de serviços pela população, a crise do sistema de saúde em muitas localidades, entre outros, são fatores que alertam para a necessidade de um olhar cuidadoso para a saúde mental desses trabalhadores, cujo objetivo maior é o cuidado com o outro. Objetivo: Identificar o nível de estresse ocupacional que caracterize ou não a Síndrome de Burnout em profissionais da área de saúde de um hospital do município de Araçatuba (SP). Material e método: Aplicou-se o Maslach Burnout Inventory – Human Service Survey/MBI-HSS – a 39 profissionais de saúde de um hospital no município de Araçatuba/SP, entre eles 10 auxiliares de enfermagem, 17 técnicos de enfermagem, 5 auxiliares de farmácia, 5 enfermeiros e 2 médicos. Resultados: Identificou-se alto nível de burnout nas dimensões Exaustão Emocional e Despersonalização em auxiliares de Enfermagem, técnicos de Enfermagem, auxiliares de Farmácia e enfermeiros. A Realização Profissional desses profissionais alcançou nível médio. Entre os médicos, não se identificou prevalência de burnout. Conclusão: Os resultados confirmam o histórico de pesquisas brasileiras sobre o assunto, principalmente entre enfermeiros. Há necessidade de o setor de saúde rever suas políticas e práticas de gestão, incluindo programas de qualidade de vida no trabalho e educação continuada.Descritores: Qualidade de Vida; Estresse Psicológico; Esgotamento Profissional.

As vantagens do e-Social e seus impactos no Departamento Pessoal e nos processos fiscais dos órgãos competentes

“…Convém salientar que a SB apresenta característica epidemiológica, o que implica no fato de que ela não é um problema do indivíduo, mas do ambiente psicossocial no qual desenvolve suas atividades laborais (Andrade, Moraes, Tosoli & Wachelque, 2015), por esta razão, alguns pesquisadores a exemplo de Carlotto e Palazzo (2006) defendem que é necessária cautela ao correlacionar as variáveis sóciodemográficas à SB, tendo em vista que outros fatores de natureza psicossocial presentes no contexto laboral do profissional exercem significativa influência no desenvolvimento dessa síndrome por parte dos trabalhadores, conforme também defendem (Reatto, Silva, Isidoro & Rodrigues, 2014).…”

International Symposium on Occupational Safety and Hygiene: Proceedings Book of the SHO2022

“…A síndrome de Burnout foi adaptada à língua portuguesa como síndrome do esgotamento profissional ou estafa. Ela é caracterizada como uma enfermidade psicossocial que ocorre em resposta aos estressores ocupacionais severos presentes no trabalho Martins, 2015;Reatto et al, 2014). É um processo individual, de evolução duradoura, podendo manter-se por anos e/ou décadas.…”

Diálogos Em Sala De Espera: O Fortalecimento Político Do Espaço Público

“…Dessa forma, a instabilidade, a insegurança no trabalho, as condições precárias de trabalho, as longas jornadas, os conflitos nas relações interpessoais com companheiros de trabalho, a alta demanda de serviços pela população, a crise do sistema de saúde em muitas localidades, dentre outros, são fatores que alertam para a necessidade de um olhar cuidadoso para a saúde mental dos trabalhadores (REATTO, ALMEIDA, 2016).…”