A salinização do solo pode ocorrer de forma antropogênica ou secundária ou como resultado de processos naturais a exemplo da intemperização dos minerais ou até mesmo pelo aumento da capilaridade das águas subterrâneas mais salinas em regiões com lençol freático mais baixo. Entre as fontes antropogênicas de salinização do solo se destacam atividades industriais como a exploração de petróleo, a mineração e destacando-se ainda as práticas agrícolas não sustentáveis. A implantação de sistemas de irrigação no semiárido muitas vezes promovem mudanças que resultam no acúmulo de sais na superfície do solo, ascensão do lençol freático e contaminação dos recursos hídricos impactando a dinâmica ambiental daquele local. Diante disso esta revisão de literatura teve como objetivo abordar os principais impactos relacionados com a salinização secundária e seus efeitos nas propriedades do solo, analisando-se ainda o cultivo em condições salinas de culturas de importância agrícola e seus impactos sobre o desenvolvimento das plantas. Esse trabalho foi direcionado por um levantamento bibliográfico que agrupou temas importantes sobre salinização secundária do solo e o cultivo de culturas resistentes a esse tipo de ambiente. Com base nos resultados obtidos nessa revisão, conclui-se que a irrigação com água de baixa qualidade tem se apresentado como alternativa para a produção agrícola, principalmente para culturas que tem se mostrado resistentes a solos salinizados e que pode representar uma importante alternativa para regiões com escassez de água.