Estrutura de capital e financial distress em empresas familiares e não familiares brasileiras

Abstract

Este estudo tem por objetivo verificar a influência da estrutura de capital no financial distress em empresas familiares e não familiares brasileiras. Realizou-se pesquisa descritiva, documental e quantitativa. A amostra abrangeu 137 empresas, sendo 65 familiares e 72 não familiares, analisadas de 2011 a 2017. Observou-se, por meio de três medidas – endividamento total, de longo prazo e oneroso –, que a estrutura de capital influencia na probabilidade de financial distress tanto de empresas familiares como de organizações não familiares. Mais importante, tem-se que estas medidas divergem de sinal tanto entre elas como em função da gestão e propriedade corporativa (se familiar ou não familiar). Assim, a contribuição deste estudo perpassa pelo reconhecimento de que gestores, investidores e outras partes interessadas devem observar as medidas de estrutura de capital de forma distinta para reconhecerem o evento de financial distress e, em função disto, tomarem decisões assertivas diante de seus interesses subjacentes.

Impact of internationalization on the working capital requirement of Brazilian companies

“…The Pecking Order theory reinforces what is exposed by the Uppsala model, according to which firms tend to internationalize when they have their own resources, in order to provide more security to the internationalization process. Studies confirm the Pecking Order theory in the Brazilian context, such as those by Pamplona et al (2020) and Oliveira and Kayo (2020).…”

“…These are some of the factors that make firms wait until they obtain a greater consolidation in the domestic market before going international (Johanson & Wiedersheim-Paul, 1975;Hernandes Júnior et al, 2020), deciding to use internal resources (Johanson & Vahlne, 1977;Myers & Majluf, 1984;Pamplona et al, 2020;Oliveira & Kayo, 2020). In addition, if necessary, obtaining credit from these firms may be more or less easy, considering the characteristics of the market of origin, the new market in which the company operates, and, also, its degree of internationalization (Myers & Majluf, 1984;Kwok & Reeb, 2000;Saito & Hiramoto, 2010;Ribeiro et al, 2017).…”

Impacto da internacionalização na necessidade de capital de giro das empresas brasileiras

“…A teoria da Pecking Order reforça o exposto pelo modelo Uppsala, segundo o qual as empresas tendem a se internacionalizar quando têm recursos próprios para proporcionar mais segurança ao processo de internacionalização. Estudos confirmam a teoria Pecking Order no contexto brasileiro, como os de Pamplona et al (2020) e Oliveira e Kayo (2020).…”

“…Esses são alguns fatores que levariam as companhias a obter uma maior consolidação no mercado doméstico antes de se internacionalizarem (Johanson & Wiedersheim-Paul, 1975;Hernandes Júnior et al, 2020), uma vez que essas firmas optarão pela utilização de recursos internos (Johanson & Vahlne, 1977;Myers & Majluf, 1984;Pamplona et al, 2020;Oliveira & Kayo, 2020). Além disso, essas firmas poderão obter crédito, se isso for necessário, com maior ou menor facilidade, considerando as características do mercado de origem, o novo mercado em que atuam e, ainda, o seu grau de internacionalização (Myers & Majluf, 1984;Kwok & Reeb, 2000;Saito & Hiramoto, 2010;Ribeiro et al, 2017).…”

“…Com isso, a primeira hipótese do estudo é confirmada parcialmente, uma vez que a DIVE não apresentou significância estatística. A relação positiva se justifica pela teoria Uppsala, segundo a qual as empresas buscam se consolidar no mercado doméstico e aumentar a disponibilidade de recursos internos, os quais serão priorizados para utilização, conforme indica a teoria Pecking Order, como forma de se preparar para o processo de internacionalização, que, por sua vez, demandará mais recursos, aumentando, assim, a sua NCG (Johanson & Vahlne, 1977;Myers & Majluf, 1984;Jain et al, 2019;Pamplona et al, 2020). Esse resultado corrobora os resultados encontrados por Moreira et al (2018) e diverge daqueles observados por Rezende et al (2014), que não encontraram significância estatística na relação entre as variáveis.…”