Estrutura Espacial Do Armazenamento De Água No Solo Na Presença De Cobertura Vegetal

Abstract

RESUMOO cultivo de uma gramínea (Brachiaria spp.) tem sido considerado um recurso com grande potencial de alterar positivamente os efeitos deletérios das ações antrópicas sobre o solo cultivado, inclusive no que se refere ao armazenamento de água no solo. O efeito do seu sistema radicular sobre o solo pode ser melhor avaliado empregando-se, além de técnicas estatísticas usuais, a geoestatística, buscando descrever a distribuição espacial dos valores das variáveis e suas inter-relações. No presente estudo avaliou-se o efeito da Brachiaria spp. sobre a lâmina de água armazenada no solo (H), bem como o efeito sobre a parte aérea das plantas, expressa pelo índice de área foliar (IAF), em uma área irrigada por aspersão convencional. Verificou-se que H, na ausência de cobertura vegetal, apresenta continuidade espacial persistente no tempo a qual é modificada pela presença da cobertura vegetal, com maior componente estrutural e com menor alcance. A produção de massa verde, expressa pelo IAF, apresenta continuidade espacial nas duas formas de estabelecimento da cultura, com correlação espacial inversa entre IAF e H, no estabelecimento de vegetação espontâneo.Palavras-chave: continuidade espacial, geoestatística, semivariograma, umidade do solo. SPATIAL DEPENDENCE OF SOIL WATER STORAGE UNDER SOIL SURFACE CROP COVER ABSTRACTCultivation of a grass (Brachiaria spp.) has been considered an option with great potential to positively alter the deleterious effects of the anthropic actions on the cultivated soil, including with regard to the storage of water in the soil. the effect of its root system on the soil can be better evaluated by using statistical techniques, geostatistics, to describe the spatial distribution of the values of the variables and their interrelationships. In the present study the effect of Brachiaria spp. on the soil water storage PR. E-mail.1 Doutor em agronomia, Engenheiro Agrônomo, UEM, Maringá, PR.

Condutividade Hidráulica Em Função Do Crescimento De Urochloa Decumbens

“…O experimento foi conduzido em uma área experimental cujo solo é classificado como Nitossolo Vermelho, de textura argilosa, da região noroeste do Estado do Paraná, conforme descrito em Hara et al (2019).…”

“…No dia 5 de fevereiro de 2016 foi realizada a dessecação da cultura e foram instalados tubos de PVC de diâmetro externo de 0,05m, com comprimento de 0,15 m, até uma profundidade de 0,03 m no solo, em cada ponto, distanciando-se cerca de 0,15 m da sonda de TDR, para que fossem feitas as medidas de condutividade hidráulica saturada do solo (K), de acordo com a metodologia de Bagarello et al (2004) O coeficiente α (ALPHA) da equação de van Genuchten foi obtido a partir do trabalho de Blainsk et al (2009) e o valor médio de umidade do solo na saturação ( s  ) foi de 0,57 m 3 m -3 , para os 88 pontos de amostragem, nos quais foram coletadas amostras indeformadas de solo, em anel metálico de volume igual a 0,0001 m 3 (HARA; GONÇALVES, 2018), no dia 23 de fevereiro de 2017. (HARA et al, 2019). Posteriormente as folhas foram armazenadas em sacolas plásticas, para serem processadas no laboratório para a determinação da área foliar de acordo com a metodologia da imagem digital (HARA et al, 2019) utilizando o software QUANT.…”

“…(HARA et al, 2019). Posteriormente as folhas foram armazenadas em sacolas plásticas, para serem processadas no laboratório para a determinação da área foliar de acordo com a metodologia da imagem digital (HARA et al, 2019) utilizando o software QUANT. O IAF foi obtido pela razão da área foliar pela área interna do amostrador que foi utilizado para delimitar a coleta das folhas.…”

“…Assim como obtido para condutividade hidráulica, foi encontrado o maior valor de alcance do modelo do semivariograma para a condição de solo anterior à cobertura vegetal, seguido de uma redução de valores à medida que houve o crescimento da cultura (Ө2 e Ө7). Resultados semelhantes são encontrados nos trabalhos de Vieira et al (2010) e Hara et al (2019).…”

Persistência Temporal Do Padrão De Armazenamento De Água Em Solo Argiloso Cultivado Com Feijão

“…Diversos trabalhos (GONÇALVES et al, 2010;HARA et al, 2019;HARA et al, 2020;BASSOI;FARIA, 2016;TORRES et al, 2016) têm evidenciado que o armazenamento de água no solo é variável no espaço e sua capacidade de armazenamento e disponibilidade de água para as plantas dependem, de certa forma, de fatores intrínsecos do solo. Dessa forma, torna-se necessário abordar a uniformidade de aplicação de água no solo e, simultaneamente, a uniformidade de armazenamento de água, para que seja feito um manejo de irrigação visando maior eficiência e menor custo (GUIMARÃES et al, 2010).…”