Objetivo: analisar o perfil sociodemográfico e os aspectos relacionados à formação e ao aperfeiçoamento profissional de enfermeiros do trabalho no Brasil. Método: pesquisa descritiva, transversal e quantitativa, realizada entre novembro de 2020 a maio de 2021, através de um formulário eletrônico, apresentando perguntas diretivas quanto aos aspectos sociodemográficos, formação e aperfeiçoamento profissional. Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva. Resultados: foram alcançados 65 participantes, dos quais 89,2% eram do gênero feminino, 69,23% que convivem com companheiro (a), e tendo como média de idade 40 anos e moda 36 anos. A graduação em enfermagem (66,15%) e a pós-graduação em enfermagem do trabalho (89,23%) foram realizadas em instituições de ensino privadas. Entre os enfermeiros do trabalho, 32,7% foram inseridos na área sem a respectiva especialização, sendo a região sudeste responsável por absorver 86% destes profissionais. Nos setores de atuação, destacou-se o setor saúde, seguido da administração pública, prestação de serviços e sucroalcooleira, totalizando 35 profissionais, em valores absolutos. O investimento em qualificação ocorre por meio de cursos lato sensu em maior proporção com 92,30% desses trabalhadores, já em nível stricto sensu, 7,69%. Conclusão: Faz-se relevante maior difusão de cursos nível stricto sensu, em específico na área de enfermagem ocupacional. Sugere-se também novos estudos na área, sobretudo em outras regiões do Brasil, visando sobretudo identificar lacunas de conhecimento e direcionar esforços para a melhoria contínua da prática na saúde ocupacional para a população economicamente ativa brasileira.