Com o processo de envelhecimento, muitas são as dificuldades vivenciadas pelo idoso e cada dia mais pesquisas são realizadas para avaliar as estratégias necessárias para o envelhecimento saudável. Junto com o exercício físico (EF), a realidade virtual (RV) está se mostrando um método inovador no processo de reabilitação, por ser seguro e de viável aplicabilidade, evidenciando significativa melhora no equilíbrio, na marcha, na função cognitiva e no desempenho físico funcional do idoso. Portanto, este estudo teve o objetivo de comparar pré e pós intervenção os fatores qualidade de vida, equilíbrio, cognição e mobilidade (risco de quedas) em 5 meses de pesquisa, relacionando a prática de EF com a RV nos idosos. Os participantes deste estudo foram 31 idosos, de ambos os sexos, com idade entre 70 a 85 anos, divididos em 3 grupos: Grupo 1: Realidade Virtual (RV); Grupo 2: Exercício Físico (EF); Grupo 3: Realidade Virtual e Exercício Físico (RVEF). Os grupos com RV realizaram procedimentos com o software de quebra-cabeça virtual Gesture Puzzle e os grupos com EF realizaram atividades de alongamento, relaxamento e caminhada. Foram utilizados os seguintes questionários para identificação, divisão dos grupos e para exclusão de demências, respectivamente: ficha de identificação, Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ), Mini Exame do Estado Mental (MEEM) e Escala de Demência (CDR). Para a avaliação do desempenho físico funcional, foram aplicados -antes e depois da intervençãoos seguintes instrumentos: Índice da Marcha Dinâmica (mobilidade), Teste Clínico de Interação Sensorial e Equilíbrio (TCISE), Teste Pictórico de Memória (TEPIC-M) e Teste de Atenção Alternada (Teste AA). Os resultados mostraram que para a atenção [F tempo (1, 28) = 77,75], todos os grupos aumentaram o escore médio após o período de intervenção, sendo os tamanhos de efeito "muito grande" (RV e RVEF) e "grande" (EF). Para a memória [F tempo (1, 28) = 17,85], os intervalos de confiança demonstraram que as diferenças estatisticamente significativas ocorreram nos grupos RV e RVEF, sendo os tamanhos de efeito "médio" e "grande", respectivamente. Em relação ao equilíbrio [F tempo (1, 28) = 135,00], todos os grupos aumentaram o escore após o período de intervenção, apresentando tamanhos de efeito "muito grandes". Por fim, os intervalos de confiança revelaram que os grupos EF e RVEF melhoraram a mobilidade (diminuíram o risco de quedas) após o período de intervenção [F tempo (1, 28) = 17,86], porém o tamanho de efeito do grupo EF foi "insignificante", enquanto que o grupo RVEF obteve tamanho de efeito "médio". Com isso, concluímos que as intervenções por RV + EF são eficazes para a melhora do equilíbrio, da mobilidade (risco de quedas), da atenção e da memória e, consequentemente, do desempenho físico funcional em idosos.