OBJETIVO: Identificar o incômodo causado pelo ruído e queixas relacionadas à saúde auditiva em uma corporação de bombeiros do município Santo André (SP). MÉTODOS: Tratou-se de um estudo epidemiológico transversal de inquérito na população de 72 bombeiros do 8º Grupamento, 28 do setor administrativo, 20 do centro de ocorrência e 24 do atendimento operacional. Foi aplicado um protocolo composto por 57 questões referentes a dados pessoais, queixas auditivas, não auditivas e de incômodo. Também foi realizado o mapeamento sonoro do local. RESULTADOS: Os níveis de pressão sonora no local da corporação ultrapassaram 67 dB (A), chegando a níveis maiores de 82 dB (A) na avenida. A maioria (83,3%) dos sujeitos relatou o cotidiano ruidoso no trabalho, sendo o ruído urbano citado como maior fonte. Quando vistos separadamente por área de atuação, a maior ocorrência foi para ruído urbano (73,9%), ruído da viatura (68,0%) e ruído do telefone (38,2%) para o setor administrativo, divisão operacional e atendimento de ocorrências, respectivamente. CONCLUSÃO: Os bombeiros analisados, além da exposição a ruídos provenientes da ocupação no ambiente de trabalho como viaturas, rádios de comunicação e telefones, também sofrem as consequências do ruído urbano, que altera atividades no trabalho e provoca incômodo.