OBJETIVO: correlacionar os achados cefalométricos com os da análise facial realizada por meio de fotografias para classificar o tipo facial, segundo o sexo. MÉTODOS: participaram 105 adultos leucodermas, 34 (32,4%) homens e 71 (67,6%) mulheres, com idades entre 20 e 40 anos, de uma clínica particular de ortodontia de Belo Horizonte/MG. Os achados da análise cefalométrica para determinação do tipo facial a partir do índice VERT de Ricketts foram comparados com a classificação da face realizada por meio da análise facial clínica baseada na observação de duas fotografias. Para essa análise, participaram três fonoaudiólogos especialistas em motricidade orofacial. RESULTADOS: não houve correspondência satisfatória ao se comparar as duas formas de classificação do tipo facial apresentadas neste estudo. A maioria dos indivíduos masculinos dolicofaciais foi classificada como face média a partir da análise facial, ou seja, quatro entre sete sujeitos (57,14%). Os 11 mesofaciais foram identificados como face média (N=5; 45,45%) ou curta (N=4; 36,36%) e os 16 braquifaciais como face média (N=9; 56,25%) ou curta (N=7; 43,75%). No sexo feminino, observou-se que 11 entre 20, ou seja, 55% dos indivíduos dolicofaciais foram apontados como face média. Dos 26 sujeitos mesofaciais, 16 (61,53%) também foram classificados como face média. Com relação aos 25 braquifaciais, 12 (48%) foram identificados como face curta e 11 (44%), como média. CONCLUSÃO: a classificação do tipo de face apenas a partir da análise facial realizada por meio de fotografias não foi considerada confiável, se utilizada isoladamente, quando comparada à classificação obtida a partir da análise cefalométrica.