Assim como diversas outras rodovias brasileiras, o pavimento da SC-163 teve as suas camadas dimensionadas segundo o método DNER, o qual é baseado no Índice de Suporte Califórnia. Entretanto, com o avanço dos estudos relacionados ao comportamento das camadas dos pavimentos em função dos carregamentos veículos, tem-se notado que os ensaios de carregamentos cíclicos reproduzem melhor os esforços causados pelos veículos. Além disso, ao se tratar especificamente das camadas de revestimento, o comportamento das misturas asfálticas quanto á fadiga e deformação permanente precisam ser analisados para se obter uma projeção de desempenho do pavimento frente aos carregamentos e durante o tempo de vida útil determinado em projeto. Assim, verifica-se que o método de dimensionamento de pavimentos do DNER não leva em consideração o desempenho mecanístico de todas as camadas do pavimento, tal como ocorre no novo Método de Dimensionamento Nacional de Pavimentos Asfálticos (MEDINA). Neste sentido, o presente trabalho tem como objetivo principal avaliar as estruturas sugeridas para a SC-163 e segundo ambos os métodos (DNER e MEDINA). Para isso, contagens atualizadas de tráfego foram obtidas em campo, e tanto o solo de subleito quanto os materiais constituintes da base do pavimento foram coletados in loco e ensaiados em laboratório para determinação do módulo de resiliência e da deformação permanente. Para um número N igual a 2,4 x 107, conclui-se que a espessura mínima necessária para o revestimento asfáltico deve ser 70% maior que a sugerida pelo DNER (ou seja, 17 cm). Quando esta espessura é de apenas 10 cm, as simulações com o software MEDINA indicam que o pavimento pode ter ruptura completa por fadiga (área trincada de quase 100%) e deformação permanente (trilha de roda superior a 4 mm) após 10 anos de vida de serviço.