Este texto tem por objetivo problematizar o potencial da educação no processo de integração do negro na sociedade de classes a partir das pesquisas de Florestan Fernandes sobre as relações raciais entre negros e brancos. Trata-se do resultado de uma pesquisa bibliográfica, metodologicamente orientada pelo materialismo histórico dialético, cuja fonte foi o relatório da pesquisa coordenada por Roger Bastide e Florestan Fernandes, Relações raciais entre negros e brancos em São Paulo (1955), usualmente denominado de Inquérito ANHEMBI-UNESCO. Concluímos que a educação não é central nos escritos de Florestan Fernandes organizados no Inquérito ANHEMBI-UNESCO, porém sempre é resgatada e mencionada na relação com as possibilidades de ascensão social e ocupacional pelo negro.