Na convivência entre animais de estimação e humanos, os acidentes por mordedura são frequentes e o cão é o animal doméstico que mais se envolve neste tipo de agressão, normalmente por invasão de território, proteção de filhotes, medo, posse de objetos ou alimentos e durante brincadeiras. Ainda que as agressões por animais façam parte de um número elevado de atendimentos emergenciais, a procura das vítimas por atendimento médico ainda é baixa e, desta forma, há carência de dados epidemiológicos sobre os ataques de cães a seres humanos no Brasil. O objetivo deste trabalho consistiu em realizar uma revisão, retrospectiva e descritiva da literatura disponível nas bases de dados Lilacs, Scielo, BVS-Vet, em língua portuguesa e inglesa, considerando as publicações de 2010 a 2020, sobre este tema. A coleta dos dados privilegiou o número de ataques a humanos, predominância do sexo e faixa etária das vítimas, considerando as cinco regiões do Brasil. A falta de padronização dos dados entre as publicações destacou-se como um fator de dificuldade para análise. Porém, constatou-se a predominância dos cães, a faixa etária variou entre crianças, adolescentes e adultos e o maior número de publicações sobre este tema foi atribuído à região Sudeste.