As redes inteligentes são cada vez mais apontadas como grande parte da resposta para combater as alterações climáticas e a dependência de combustíveis fósseis. Entretanto, para que essa promessa de flexibilidade seja atendida, as redes inteligentes devem apresentar capacidades de auto reconfiguração (self-healing) que garantam a ligeira recuperação de falhas. Sistemas elétricos tradicionais são unidirecionais e, normalmente, apenas uma única linha alimenta um bairro ou bloco da cidade. Se o fornecimento falsear devido a, por exemplo, uma descarga atmosférica, causando danos em alguma linha, os consumidores e as empresas situadas na área afetada ficarão sem energia até que a mesma seja reparada. Assim, as redes inteligentes são capazes de superar este tipo de problema por meio do uso de linhas de distribuição bidirecionais e topologias que asseguram o fornecimento de energia a uma área a partir de várias ramificações alternativas da rede. Isto favorece o desempenho da rede com a capacidade de auto reconfiguração (self-healing). Caso uma falha seja ocasionada em uma determinada linha, a energia poderá ser redirecionada por meio de um caminho diferente invertendo o fluxo de eletricidade, se necessário.