A alelopatia tem sido reconhecida como importante método ecológico de controle para plantas espontâneas, que influencia no domínio e progresso das plantas, criação de novas associações, diversidade biológica, controle e produtividade de culturas. Diante disso, objetivou-se neste estudo avaliar o potencial alelopático de diferentes concentrações de extratos aquosos da folha de jurubeba (Solanum paniculatum L.) na germinação e no crescimento inicial da alface (Lactuca sativa L.). O experimento foi conduzido em delineamento inteiramente casualizado (DIC) com esquema fatorial 2 x 5 + 1, sendo dois extratos aquosos (macerado e decocto), cinco concentrações (3, 6, 12, 25 e 50 mg mL-1) e água destilada como controle negativo (0 mg mL-1). Foram realizadas quatro repetições, compostas por 50 sementes cada, totalizando 200 sementes por concentração. As variáveis analisadas foram: percentual de germinação (PG), índice de velocidade de germinação (IVG), tempo médio de germinação (TMG), comprimento da parte aérea (CPA) e comprimento da parte radicular (CPR). O PG das sementes de alface sofreu inibição devido ao aumento das concentrações nos dois tipos de extratos aquosos. Para a variável IVG houve uma redução significativa para o extrato macerado na concentração de 12 mg mL-1. Quanto à variável TMG, houve diferença significativa entre os extratos apenas na concentração de 12 mg mL-1. Na variável CPA, houve diferença estatística e significativa nas concentrações testadas. A variável CSR apresentou diferença estatística para os dois extratos aquosos. Verificou-se que os extratos aquosos testados influenciaram em todas as variáveis, onde as maiores concentrações levaram a menores médias. Conclui-se que extratos aquosos de folhas de jurubeba exercem efeito alelopático sobre a germinação e o crescimento inicial das plântulas de alface.