Introdução: O surgimento do novo coronavírus denominado SARS-CoV-2 que culminou na pandemia COVID-19 aprimorou a vigilância da Síndrome Respiratória Aguda Grave diante do crescente aumento do número de internações e óbitos. Objetivo: Analisar os fatores associados ao óbito de pacientes hospitalizados com Síndrome Respiratória Aguda Grave nos períodos pré-pandêmico e pandêmico. Métodos: Estudos retrospectivos documental de vigilância epidemiológica e ecológico de pacientes hospitalizados por Síndrome Respiratória Aguda Grave utilizando, respectivamente, banco de dados secundários microrregional e nacional do Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe. A análise descritiva e inferencial dos dados foi realizada utilizando-se o software IBM SPSS Statistics 23, considerando um nível de erro do tipo I de 5%. Fatores associados ao óbito foram analisados através de Regressão Logística Binária e Regressão de Cox. Resultados: O estudo resultou em dois artigos científicos em que foi possível identificar que os indivíduos mais susceptíveis ao agravamento e com maiores chances de óbito foram idosos, do sexo masculino, com presença de fator de risco/ comorbidades, que tiveram necessidade de internação em leitos de terapia intensiva e utilizaram suporte ventilatório durante o período de hospitalização. Além disso, desenvolveu-se um produto técnico no formato de uma oficina de capacitação profissional para notificadores municipais e hospitalares do Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe. Conclusão: A pandemia vivenciada afetou o curso epidemiológico dos casos hospitalizados de Síndrome Respiratória Aguda Grave, contribuindo para maior morbidade e mortalidade.