Estudo in vitro da influência do formato e do tratamento de superfície de implantes odontológicos no torque de inserção, resistência ao arrancamento e frequência de ressonância

Abstract

OBJETIVO: A proposta do estudo foi avaliar a influência do formato e do tratamento de superfície na estabilidade primária de implantes odontológicos, inseridos em diferentes substratos, utilizando-se associação de métodos, como torque de inserção, resistência ao arrancamento e frequência de ressonância. MATERIAL E MÉTODO: Foram utilizados 32 implantes da marca Conexão® (Conexão Sistemas de Prótese Ltda, Arujá, São Paulo, Brasil), sendo: oito cilíndricos com tratamento Porous (CA), oito cilíndricos usinados (MS), oito cilíndricos tratamento duplo Porous (MP) e oito cônicos sem tratamento (CC). Os substratos utilizados para inserção foram: costela de porco; poliuretana Synbone©; poliuretana Nacional® (15, 20, 40 PCF), e madeira. O torque de inserção (TI) foi quantificado utilizando-se um torquímetro digital Kratos®; a força de arrancamento (RA) foi aferida por meio de tração axial, realizada em uma Máquina Universal de Ensaios (Emic® DL-10000), e utilizou-se também análise por meio de frequência de ressonância (RF). Para obtenção dos resultados estatísticos, utilizou-se análise de variância e teste de Tukey (significância de 5%). RESULTADO: Ao analisar o torque de inserção, verificou-se que os implantes com tratamento de superfície não foram diferentes estatisticamente dos usinados, assim como os implantes cilíndricos não tiveram diferença dos cônicos em todos os substratos (p>0,05), com exceção da poliuretana Synbone©. Em relação à resistência ao arrancamento, os implantes tratados e usinados, assim como cônicos e cilíndricos, não tiveram diferença estatística (p>0,05); a análise de frequência de ressonância mostrou que não houve diferença entre os implantes (p>0,05), com exceção da poliuretana Nacional® (20 PCF). CONCLUSÃO: Os formatos e o tratamento de superfície estudados não demonstraram valores significantes quando foram comparados os implantes entre si e, considerando os substratos avaliados, não houve diferença estatística entre os diferentes tipos de implantes.

Plataformas e Conexões em Implante: Uma Revisão de Literatura

“…Graduanda em Odontologia pela Faculdade Independente do Nordeste. Contato: luciete-frota@hotmail.com; 2 Especialização em Cirurgia Buco Maxilo Facial pela Universidade José do Rosário Vellano, Brasil(2011). Professor da Faculdade Independente do Nordeste , Brasil.…”

“…Edição eletrônica em http://idonline.emnuvens.com.br/id Introdução A Implantodontia proporciona constantes avanços e modificações nos âmbitos científico e tecnológico da reabilitação oral, dentro desses estudos as conexões e plataformas vem sendo estudadas para serem mais eficientes e são primordiais ao sucesso do implante e da saúde dos tecidos circundantes. A adaptação destes componentes a estrutura dental é inerente ao desafio de desenvolver cada vez mais, melhores formas de conectar o pilar dos implantes 1,2 .…”

Análise da superfície de implantes odontológicos submetidos a ensaio de torção.

“…Para avaliar os diferentes tipos de implantes disponíveis no mercado, os ensaios mecânicos são fundamentais, pois, por meio deles, é possível analisar o desempenho do material testado, quando submetido a diferentes tensões e esforços, em diferentes tipos de substratos 7 . Esses ensaios permitem predizer a durabilidade do parafuso, quantificar o torque de inserção e o nível de adaptação prótese/ implante, através da análise da plataforma protéti-http://dx.doi.org/10.5335/rfo.v19i1.3707 ca desses 8 , já que, segundo a literatura, os maiores problemas no sucesso de uma reabilitação oral com próteses implantossuportadas estão relacionados aos diferentes formatos, às plataformas protéticas e aos tratamentos de superfície 9 .…”

Avaliação da estabilidade primária de implantes convencionais e modificados por meio de ensaios de desempenho, frequência de ressonância e análise microestrutural

“…6. DISCUSSÃO É indiscutível a influência da estabilidade primária dos implantes no processo de osseointegração, entretanto, sua quantificação através de um único método pode levar a resultados infiéis, uma vez que diversas são as características associadas à macro e microgeometria do parafuso como formato, dimensão, conexão protética, tratamento de superfície; e ao paciente como densidade, quantidade e qualidade óssea, condição de saúde geral, higiene bucal (Freitas et al, 2012;Oliscovicz et al, 2013b). O torque de inserção e remoção, análise de frequência de ressonância, ensaio de arrancamento, medições histológicas são algumas das metodologias comumente empregadas na área odontológica e médica para avaliar os aspectos biomecânicos da estabilidade inicial (Sul et al, 2002;Ottoni et al, 2005;Trisi at al., 2009;Elias et al, 2012).…”

“…O osso natural apresenta em toda a cavidade oral ou em um mesmo segmento ósseo grande variação nas propriedades de densidade, rigidez e dureza (Elias et al, 2012). Para simular essa variabilidade, foram utilizados no estudo costelas de osso suíno (Freitas et al, 2012;Chowdary et al, 2013;Oliscovicz et al, 2013b) e blocos de poliuretana de 15, 20 e 40 PCF, material consistente e uniforme, que apresenta propriedades físicas semelhantes ao osso humano (Elias et al, 2012;Valente et al, 2014) e que permite eliminar a influência da heterogeneidade do substrato na análise do formato dos implantes.…”