Este artigo é fruto dos projetos, entre outros, “Aprendizagem cidadã no contexto da cidadania-humanização: o papel da Análise Crítica do Discurso em prol dos grupos vulneráveis” (PVD7353-2019) e “Estudo da série crisálida I e II: apontamentos críticos da representação discursiva de uma sociedade excludente em relação aos surdos” (PID11002-2022/PID12112-2023), desenvolvidos com bolsa de iniciação científica do CNPq e com bolsistas voluntários. Como aportes teóricos utilizamos os Estudos Críticos do Discurso/Análise Crítica do Discurso (Lira; Alves, 2018; Pedrosa, 2024), transdisciplinarmente conversando com os Estudos Surdos (Sá, 2002; Souza, 2014; Perlin, 2016) e com a Luta por Reconhecimento (Honneth, 2009). O trabalho tem por objetivo identificar projetos solidários que consolidam ações afirmativas de e para a comunidade surda no contexto de valorização da sua língua, cultura e identidade. Para atender ao objetivo, situamos esta pesquisa em uma abordagem qualitativa, de natureza aplicada, com procedimento bibliográfico e objetivos descritivos e explicativos (Cesário; Flauzino; Mejia, 2020). Ao atender este objetivo, a pesquisa nos conduziu a refletir que o reconhecimento de “ser” surdo passa pela compreensão das esferas da vida social: linguística, identitária e cultural. Nesse sentido, as ações afirmativas, com uma representatividade forte para os surdos, se tornaram o campo de luta em defesa de sua língua, sua cultura e suas identidades.