“…Sem ainda ter consciência reflexiva de como apreender os apelos ambíguos de Kiki, ora a psicoterapeuta se rendia à solicitação de proteção reclamada pela cliente, ora, quase, tendia, clinicamente, à decisão de abandono. Essa rendição, se assim se pode dizer, foi quase destrutiva para a relação terapêutica, pois quanto mais a profissional sentia a liberdade limitada por Kiki, mais sentia vontade de abandoná-la, mas, com essa atitude, ela ratificaria o saber-de-ser cristalizado em seu passado (Castro Ehrlich, 2016). Ao ter consciência desse movimento, a psicoterapeuta, paulatinamente, começou a colocar limites em suas ações que visavam, metodicamente, controlar a relação com Kiki.…”