RESUMOEm comunidades tradicionais e assentamentos rurais da Amazônia são comuns os processos de manejos com intuito de disponibilizar madeira para pequenas construções e diversos produtos florestais não madeireiros (PFNMs), como os frutos e plantas utilizadas na medicina popular. Sendo assim, objetivou-se descrever os aspectos florísticos e o potencial de utilização das espécies florestais de um fragmento de floresta ombrófila densa aluvial situada no estuário amazônico, Foz do Rio Mazagão, Estado do Amapá. Para conhecimento da estrutura florestal foram inventariadas 19 parcelas (3 ha de área total inventariada). Foram obtidos os dados dendrométricos como a altura total e circunferência, com nível de inclusão de circunferência à altura do peito (CAP) ≥ 30cm. Para avaliar o potencial de utilização madeireira, aplicou-se formulários para levantamento de informações socioeconômicas dos assentados, além da obtenção de informações na literatura existente sobre o assunto. A família com maior riqueza de espécies na amostragem total foi: Fabaceae com 17 espécies (26,15%). Dentre as espécies mais abundantes, a Mora paraensis (Ducke) Ducke (260), Pentaclethra macroloba (Willd.) Kuntze (104), Calycophyllum spruceanum (Benth.) Hook. f. ex K. Schum. (62) contribuíram com 426 indivíduos, 48,1% da densidade total amostrada. O H' para a área total foi de 2,959 nats/indivíduo, indicando que esse ambiente florestal apresenta diversidade florística compatível com o ecossistema de várzea. PALAVRAS -CHAVE: Etnoespécie, fitossociologia, manejo florestal.