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RESUMOObjetivo: descrever os resultados da avaliação auditiva de uma família com perda auditiva de caráter hereditário autossômico dominante. Métodos: foram avaliados 17 indivíduos, por meio da audiometria tonal, audiometria vocal, timpanometria e pesquisa dos refl exos acústicos, além de acompanhamento genético. Resultados: Dos 17 sujeitos avaliados, 11 apresentaram algum grau de perda auditiva neurossensorial (64,7%), sendo oito do sexo feminino (73%) e três do sexo masculino (27%). A idade dos sujeitos avaliados variou de cinco a 68 anos (média=29,6) e a idade do aparecimento da queixa variou de 20 a 38 anos (média=26,1). Ocorreu a progressão da perda auditiva com o aumento da idade, sendo que a partir dos 41 anos, não houve indivíduos com audição normal na família. Conclusão: a investigação audiológica de todos os membros da família, independentemente da queixa, é imprescindível, pois a perda auditiva pode existir, mesmo que esta ocorra em freqüên-cias isoladas. DESCRITORES: Estudos de INTRODUÇÂOA perda auditiva pode ser causada tanto por fatores ambientais como fatores genéticos, podendo ocorrer em 1-3 de cada 1000 nascidos vivos 1 . O estudo da surdez de origem genética possibilita diagnósticos cada vez mais amplos, logo pacientes com causa indefi nida de perda auditiva podem apresentar alterações genéticas determinantes de sua patologia 2 . A literatura refere que a hereditariedade, é responsável por grande parte das perdas auditivas bilaterais severas e/ou profundas 3 . As desordens genéticas que provocam perda auditiva podem apresentar-se associadas a anoma-■ lias de outros órgãos (perda auditiva sindrômica) ou de forma isolada, sendo esta, a maioria encontrada na literatura [4][5][6] . Podem ser congênita, quando sintomática desde o nascimento, ou tardia, quando manifestada em qualquer idade após o nascimento 7 . A perda auditiva hereditária, seja como uma manifestação de uma determinada síndrome ou sem qualquer outra anomalia associada, é, na maioria das vezes, regida pelas leis mendelianas de hereditariedade 7,8 . Se um gene anormal for sufi ciente para produzir uma defi ciência auditiva, a perda é hereditária e caracterizada por um traço dominante. Se um par de genes anormal (um de cada genitor) for necessário para produzir a alteração, a defi ciência é caracterizada por uma herança recessiva 9 . A perda auditiva genética não-sindrômica é classifi cada em autossômica dominante, autossômica recessiva, ligada ao cromossomo X ou de herança mitocondrial. Na transmissão de uma perda auditiva hereditária dominante, um dos pais, em geral, é afetado (com comprometimento auditivo), e transmite a anormalidade para cerca de 50% de seus fi lhos. Na transmissão recessiva, ambos os pais são portadores do gene, porém geralmente não são afetados (audição normal), e passam a perda auditiva para aproximadamente 25% dos seus fi lhos 9 . Em geral, em termos fenotípicos, as formas autossômicas recessivas são mais graves, pré ou
RESUMOObjetivo: descrever os resultados da avaliação auditiva de uma família com perda auditiva de caráter hereditário autossômico dominante. Métodos: foram avaliados 17 indivíduos, por meio da audiometria tonal, audiometria vocal, timpanometria e pesquisa dos refl exos acústicos, além de acompanhamento genético. Resultados: Dos 17 sujeitos avaliados, 11 apresentaram algum grau de perda auditiva neurossensorial (64,7%), sendo oito do sexo feminino (73%) e três do sexo masculino (27%). A idade dos sujeitos avaliados variou de cinco a 68 anos (média=29,6) e a idade do aparecimento da queixa variou de 20 a 38 anos (média=26,1). Ocorreu a progressão da perda auditiva com o aumento da idade, sendo que a partir dos 41 anos, não houve indivíduos com audição normal na família. Conclusão: a investigação audiológica de todos os membros da família, independentemente da queixa, é imprescindível, pois a perda auditiva pode existir, mesmo que esta ocorra em freqüên-cias isoladas. DESCRITORES: Estudos de INTRODUÇÂOA perda auditiva pode ser causada tanto por fatores ambientais como fatores genéticos, podendo ocorrer em 1-3 de cada 1000 nascidos vivos 1 . O estudo da surdez de origem genética possibilita diagnósticos cada vez mais amplos, logo pacientes com causa indefi nida de perda auditiva podem apresentar alterações genéticas determinantes de sua patologia 2 . A literatura refere que a hereditariedade, é responsável por grande parte das perdas auditivas bilaterais severas e/ou profundas 3 . As desordens genéticas que provocam perda auditiva podem apresentar-se associadas a anoma-■ lias de outros órgãos (perda auditiva sindrômica) ou de forma isolada, sendo esta, a maioria encontrada na literatura [4][5][6] . Podem ser congênita, quando sintomática desde o nascimento, ou tardia, quando manifestada em qualquer idade após o nascimento 7 . A perda auditiva hereditária, seja como uma manifestação de uma determinada síndrome ou sem qualquer outra anomalia associada, é, na maioria das vezes, regida pelas leis mendelianas de hereditariedade 7,8 . Se um gene anormal for sufi ciente para produzir uma defi ciência auditiva, a perda é hereditária e caracterizada por um traço dominante. Se um par de genes anormal (um de cada genitor) for necessário para produzir a alteração, a defi ciência é caracterizada por uma herança recessiva 9 . A perda auditiva genética não-sindrômica é classifi cada em autossômica dominante, autossômica recessiva, ligada ao cromossomo X ou de herança mitocondrial. Na transmissão de uma perda auditiva hereditária dominante, um dos pais, em geral, é afetado (com comprometimento auditivo), e transmite a anormalidade para cerca de 50% de seus fi lhos. Na transmissão recessiva, ambos os pais são portadores do gene, porém geralmente não são afetados (audição normal), e passam a perda auditiva para aproximadamente 25% dos seus fi lhos 9 . Em geral, em termos fenotípicos, as formas autossômicas recessivas são mais graves, pré ou
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