A Educação Ambiental Crítica como corrente contra hegemónica pauta-se na promoção e construção do conhecimento transformador e emancipatório, por meio de abordagens politizadas e contextualizadas. No cenário português, estudos apontam a necessidade de formar educadores/as de infância para o desenvolvimento de práticas educativas inovadoras sobre as questões socioambientais. Este artigo traz os resultados de um estudo exploratório com o objetivo de identificar percepções e práticas de educadores/as de infância em Educação Ambiental em Portugal, e discutir os resultados analisados a partir da fundamentação teórica da Educação Ambiental Crítica na Educação Pré-Escolar. Participaram do estudo 75 educadoras de infância, a partir da aplicação online de um questionário constituído por questões abertas e fechadas. As respostas às questões abertas do questionário foram sujeitas a análise de conteúdo a partir das três macrotendências da Educação Ambiental definidas por Layrargues e Lima (2014) - vertentes conservacionista, pragmática e crítica. Para a análise dos dados quantitativos foi utilizada a técnica de análise estatística descritiva. De acordo com os resultados, verificou-se, tanto em relação às percepções quanto às práticas uma ênfase nas vertentes conservacionista e pragmática da Educação Ambiental