não participou do processo de avaliação pelos pares e da aprovação do mansucrito.
ResumoObjetivo: Identificar fatores relacionados ao letramento digital em saúde de estudantes de medicina ou enfermagem.Métodos: O nível de letramento digital em saúde de graduandos de enfermagem ou medicina de três instituições foi avaliado pela eHealth Literacy Scale (eHEALS), versão brasileira, cujo escore varia de 8 a 40; quanto maior a pontuação, maior o nível de letramento autorreferido. Relações entre o escore do eHEALS e variáveis sociodemográficas e acadêmicas foram verificadas por meio dos testes de Mann Whitney ou Kruskal Wallis, com significância de 5%. Quando havia significância do teste de Kruskal Wallis, foi utilizado teste de Dunn para comparações dois a dois.Resultados: Participaram 346 estudantes, com idade média de 23,0±5,0 anos, 71,5% do sexo feminino, 51,6% do curso de Enfermagem. A pontuação média do eHEALS foi de 31,6±4,4. Maiores escores do eHEALS se associaram a: sexo masculino, instituição pública, curso integral, maior tempo desde o início da graduação, ter pessoas próximas que buscam informações sobre saúde online, dominar outro idioma, se sentir bem/muito bem sobre a saúde atual. O nível de letramento se correlacionou positivamente com idade, utilidade da internet e seu conteúdo de saúde. O item "Sinto-me confiante em usar informações da Internet para tomar decisões de saúde" teve pontuação mais baixa.
Conclusão:Características sociodemográficas e acadêmicas se relacionam ao letramento digital em saúde de estudantes universitários. Esses resultados podem subsidiar e direcionar esforços curriculares nas universidades, engajando futuros profissionais da saúde na disseminação de informações confiáveis dentro e fora do contexto acadêmico, bem como na assistência assistida por tecnologias.