O uso de cobre na confecção de destiladores e acessórios para a indústria de bebidas destiladas favorece a qualidade sensorial da bebida. O presente trabalho teve por escopo correlacionar o teor de cobre na aguardente de cana com o grau alcoólico e a acidez do destilado. Constatou-se que os teores de cobre durante a destilação acompanham os teores de acidez do destilado, encontrando-se ambos em maior concentração na fração cauda. Cortando-se a destilação do produto com alto grau alcoólico os teores de acidez e de cobre são reduzidos.
INTRODUÇÃOA presença de cobre nas bebidas destiladas tem sido um dos problemas intrínsecos à sua produção, pois desde o início da elaboração de bebidas fermento-destiladas, o cobre é o material mais extensivamente utilizado nas construções de alambiques. Tal fato se deve às vantagens que apresenta, ou seja, resistência à corrosão e boa condução de calor, além de reagir com alguns componentes do vinho e atuar como catalisador em reações altamente favoráveis às características sensoriais da bebida (9).Nas aguardentes brasileiras o cobre aparece com freqüência, porém a legislação atual (4) permite o limite máximo de 5 mg/L, o que pode ser facilmente garantido com higienização correta e constante dos equipamentos de destilação. Entretanto, a presença de cobre e a falta de padrões de qualidade têm sido os principais obstáculos à sua exportação, pois a maioria dos países importadores não aceita bebidas contaminadas por cobre (5, 6).