A artrite idiopática juvenil (AIJ) é uma forma de artrite crônica que começam antes dos 16 anos idade. Fatores ambientais, socioeconômicos e terapêuticos podem influenciar na adesão ao tratamento, gravidade e percepção da doença. O objetivo foi identificar as taxas de adesão e os fatores que dificultam o tratamento em pacientes com AIJ no Brasil e no mundo. Trata-se de uma revisão da literatura, conduzida no período de 1999 a 2020, a partir da busca de publicações nas seguintes bases de dados: PubMed, LILACS, Scielo e Science direct. Após aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, de 189 publicações permaneceram 11. Dos 11 estudos selecionados sobre adesão, 4 foram nos Estados Unidos, 3 no Canadá, 1 na Espanha e 4 no Brasil. Com relação à adesão, os Estados Unidos apresentaram valor máximo de 82%. Já o Brasil apresentou valor máximo de 76%. Os estudos selecionados também revelaram que a principal barreira para a adesão em pacientes com AIJ é o medo das consequências do uso da terapia. No Brasil, outros fatores, tais como: o alto custo, a dificuldade de acesso ao serviço de saúde, ao especialista e ao medicamento, bem como a distância geográfica interferem na adesão. O Brasil apresenta valores de adesão ao tratamento similares àqueles encontrados em países desenvolvidos, entretanto, ainda existem disparidades locais e regionais com relação à adesão. Estas disparidades podem ser explicadas em parte pela dificuldade de acesso tanto aos serviços de saúde quanto ao medicamento e ao abandono do seguimento farmacoterapêutico.