O teste do micronúcleo (MN) é uma análise rápida e simples, que detecta a presença de danos genotóxicos no material genético de indivíduos expostos a agentes clastogênicos. Esse teste vem sendo utilizado para mensurar o grau de exposição aos contaminantes ambientais que causam efeitos genotóxicos. Esse estudo analisou a presença de alterações genotóxicas, utilizando o teste do micronúcleo, em células de peixe da espécie Hoplosternum littorale (tamoatá). Foram analisadas 20 amostras coletadas nos igarapés da Comunidade da Sharp, Presidente Dutra e Ponte da Paraíba, em Manaus, Amazonas. Esses ambientes são poluídos por efluentes que são lançados em suas águas. Foram analisadas 1000 células por lâmina (n = 20.000 células analisadas no total), no período de outubro a novembro de 2022, foram analisadas no laboratório multidisciplinar do Centro Universitário do Norte- UNN, na cidade de Manaus. Foram identificados 82 micronúcleos nas células da espécie amostrada dos três igarapés. Os indivíduos coletados no igarapé da Comunidade da Sharp, apresentaram um total de micronúcleos muito maior, correspondendo a 73,1 % do total desses danos, em comparação os indivíduos dos outros igarapés (Ponte Presidente Dutra 17,07% e Ponte da Paraíba 9,7%). A quantidade de micronúcleos é significativa, qualitativamente para indicativo de possíveis agentes causadores de danos genotóxicos nos peixes analisados, provenientes desses ambientes.