Objetivo: avaliar a associação entre a força muscular respiratória (FMR) e a força de preensão palmar (FPP) em pacientes submetidos à CC. Método: estudo transversal que avaliou indivíduos de 30 a 85 anos de ambos os sexos e submetidos à cirurgia de revascularização miocárdica (CRM) ou de troca valvar. Resultados: a FMR, nos seus componentes de pressão inspiratória máxima (PImax) e de pressão expiratória máxima (PEmax) foi avaliada por manovacuometria digital e a FPP foi avaliada por dinamometria no pré-operatório (Preop), no pós-operatório imediato (POi) e no pós-operatório tardio (POt). Amostra (n= 12, 06 homens) com idade de 63,33±7,48 anos e índice de massa corporal de 27,23±4,17 Kg/m². Constatada diferença significativa no valor predito da FPP (27,9±7,1 Kgf) entre os momentos do Preop, POi e do POt (p= 0,001). Ao comparar a PImax e a PEmax com os valores preditos, foi constatada redução da FMR no Preop (PImax: p<0,001; PEmax: p<0,001), no POi (PImax: p<0,001; PEmax: p<0,001) e no POt (PImax: p<0,001; PEmax: p<0,001). Houve ainda, redução da PImax do Preop para o POi (p<0,001) e para o POt (0,014) e da PEmax do Preop para o POi (p<0,001). Conclusão: constatada associação moderada e significante entre a PImax (53,3±13,9 cmH2O) e a FPP (26,16±8,07 Kgf) no Preop (p= 0,043; r= 0,591). Houve redução da FMR e periférica após CRM, sem haver, entretanto, associação entre tais variáveis na condição pós-operatória.