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ResumoIntrodução: Cirurgias abdominais comumente comprometem a biomecânica respiratória, o que pode resultar em diversas complicações pulmonares pós-operatórias. Objetivo: Verificar a correlação entre mobilidade toracoabdominal, força muscular respiratória, pico de fluxo de tosse e as complicações pulmonares no pós-operatório de cirurgias abdominais. Métodos: Trata-se de um estudo observacional, transversal, com amostra por conveniência de pacientes submetidos a cirurgias abdominais, adultos, de ambos os sexos, internados em unidades de terapia intensiva (UTI) de um hospital da rede pública estadual em Salvador-BA. Foram utilizados a cirtometria (axilar, xifoide e umbilical), a manovacuometria e o pico de fluxo de tosse (PFT) para avaliar a função respiratória. Para análise da correlação entre as três variáveis foi utilizado o coeficiente de Spearman. Resultados: A amostra foi composta por 19 pacientes, sendo 13 (68,4%) do sexo masculino com média de idade de 53,89± 20,91 anos. Verificou-se redução da mobilidade toracoabdominal (< 4cm), da força muscular respiratória (PImáx 44,47 ±20,13 cmH 2 O, PEmáx 48,16 ±25,34 cmH 2 O) e do PFT (137,1 ± 87,1 L/min) nos indivíduos estudados, contudo não houve diferença entre os grupos com e sem complicações pulmonares, assim como não houve correlação entre as variáveis respiratórias e as complicações pulmonares pós-operatórias. Conclusão: Indivíduos submetidos a cirurgias abdominais, mesmo as de baixa incisão, apresentam redução da mobilidade toracoabdominal, força muscular respiratória e capacidade de tossir, contudo não há correlação entre as variáveis respiratórias e as complicações pulmonares no momento pós-operatório.