A determinação do balanço de denudação através das taxas de erosão química (intemperismo das rochas) e mecânica (remoção dos solos) é essencial para o entendimento da evolução geomorfológica em uma bacia hidrográfica. A bacia hidrográfica do Rio Corumbataí, pertencente a Depressão Periférica Paulista, tem sua geologia composta por rochas sedimentares, principalmente arenitos e argilitos. No intuito de proporcionar novos conhecimentos sobre a atual evolução geomorfológica no estado de São Paulo, o objetivo deste trabalho foi determinar o balanço de denudação na Depressão Periférica Paulista, utilizando dados hidrológicos, hidroquímicos, das rochas e dos solos. Para isso, foram escolhidas duas bacias hidrográficas de pequeno porte com composição litológica predominantemente arenosa e argilosa, ou seja, as bacias dos ribeirões Monjolo Grande e Jacutinga, respectivamente. As taxas de erosão química foram de 16,4 m/Ma para a bacia do ribeirão Monjolo Grande e 6,6 m/Ma para a bacia do Ribeirão Jacutinga. As taxas de erosão mecânica foram de 29,2 m/Ma para a bacia do Ribeirão Monjolo Grande e 11,8 m/Ma para a bacia Ribeirão Jacutinga. A diferença das velocidades de formação dos perfis de alteração e remoção dos solos leva a um desequilíbrio no balanço de denudação, com taxas de denudação de 12,8 m/Ma e 5,2 m/Ma para as bacias dos ribeirões Monjolo Grande e Jacutinga, respectivamente. Tais valores refletem a influência fundamental da litologia, declividade e clima na evolução geomorfológica. Entretanto, as mudanças atuais no uso da terra podem estar aumentando a erosão mecânica, influenciando diretamente o balanço de denudação.