“…Centro do calendário festivo nacional (VIANNA, 2005), o Carnaval, modelo de e modelo para as festas populares brasileiras (AMARAL, 1998), exerce forte influência sobre a rede de festas, apresentando crescimento expressivo até o surgimento da Covid-19, em março de 2020, com um novo formato de Carnaval de rua que emerge no Sudeste após o esvaziamento da festa com a construção dos sambódromos. Marcado pela normatização da festa no Rio de Janeiro em 2009 (MACHADO, 2017) e em São Paulo em 2014 (LIMA et al, 2017), o renascimento do Carnaval de rua no eixo Rio-São Paulo passa a ser regulado por decreto municipal e estruturado por uma política de patrocínio. O modelo, também denominado "Carnaval de Rua Oficial do Rio de Janeiro" (MACHADO, 2017) e reproduzido em São Paulo, em que pesem as particularidades locais, pode ser observado ainda em diversas cidades brasileiras onde o Carnaval de rua passa a ser ativado por políticas de patrocínio de cervejarias, como Brasília, Belo Horizonte e as cidades do interior paulista (DYNIEWICZ, 2017).…”